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"Ela jamais se mataria", diz irmã de Suzana em julgamento do caso PC Farias

Anna Luiza Marcolino disse que Suzana não merecia "ser assassinada como ela foi"

Cidades|Da Rede Record

Anna Luiza Marcolino disse que sua irmã foi assassinada
Anna Luiza Marcolino disse que sua irmã foi assassinada Anna Luiza Marcolino disse que sua irmã foi assassinada (ITAWI ALBUQUERQUE/ESTADÃO CONTEÚDO)

Anna Luiza Marcolino, irmã de Suzana Marcolino, encontrada morta junto com o empresário PC Farias em 1996, foi uma das testemunhas a depor nesta quarta-feira (8), terceiro dia do julgamento dos quatro ex-policiais militares acusados de coautoria no duplo homicídio.

Anna Luiza foi ouvida por cerca de 25 minutos e declarou que sua irmã jamais se mataria.

— Minha irmã não mereceria ser assassinada como ela foi, porque ela jamais se mataria.

Segundo Anna, Suzana chegou a contar que se sentia seguida e declarou que todos os pertences da irmã que estavam na casa de PC Farias foram devolvidos, com exceção do aparelho celular, desaparecido até hoje.

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A testemunha contradisse ainda o depoimento de Claudia Dantas, suposta amante do empresário. De acordo com Anna, é mentirosa a versão que Cláudia não conhecia Suzana. Por fim, a irmã de Suzana declarou que a família sentiu medo após o crime.

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— A nossa família ficou com medo. Chegamos ao ponto de querer contribuir dando todos os esclarecimentos para quem quer que fosse: Justiça, imprensa, polícia, mas sentimos uma força do mal, uma coisa que não nos deixava fazer isso.

Além de Anna Luiza, foram ouvidos nesta manhã Zélia Maciel de Souza, que ajudou Suzana a comprar uma arma, Eônia Pereira, ex-cunhada de PC Farias e os delegados Alcides Andrade Antonio Carlos Lessa, convocados para esclarecer uma informação do depoimento de Augusto Farias. O irmão de PC disse na última terça-feira (7) ter recebido proposta de delegados para entregar ex-seguranças.

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Zélia manteve o que já havia declarado em depoimentos anteriores e contou que Suzana era uma pessoa muito misteriosa, dizia ter interesse em aprender a atirar e “sempre disse que queria casar com um homem rico”. De acordo com Zélia, Suzana chegou a confidenciar que estava grávida.

Após o intervalo de almoço, três peritos devem ser ouvidos nesta tarde: Badan Palhares, Gerson Odilon e Nivaldo Cantuária. 

Denúncia

O Ministério Público ofereceu denúncia aos quatro réus, porém nenhum deles foi apontado exatamente como o assassino, por isso respondem por coautoria do crime. Mesmo ao longo desses 17 anos, ninguém foi acusado como mandante dos assassinatos que nunca foi realmente esclarecido.

No entanto, o promotor de Justiça Marcos Mousinho quer que os quatro sejam condenados pelo crime de homicídioe não de coautoria. O promotor disse acreditar que eles não cumpriram com sua função — zelar pela vida das vítimas — porque sabiam que o crime seria cometido.

Na época em que foi morto, PC estava em liberdade condicional. Ele respondia por crimes como sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte do tesoureiro foi investigada como queima de arquivo, pois ele poderia fazer revelações sobre a participação de outras pessoas nos esquemas.

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