Após decretar nesta terça-feira (22) calamidade financeira no Estado, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, disse nesta tarde que "se antecipou" ao adotar, desde 2015, medidas para tentar reequilibrar as contas.
— O Rio Grande do Sul começou muito cedo a fazer a sua arrumação da casa, desde o começo do ano passado, com transparência e com disposição do governo.
Questionado sobre a necessidade do decreto mesmo diante dessa "antecipação", Sartori respondeu: "Porque não tem dinheiro, filha."
O governador gaúcho disse ainda que o decreto serve para que a população tenha "consciência" da situação do Estado. Mesmo assim, Sartori destacou em mais de um momento o gesto do governo.
— Quando começamos nosso processo [de ajuste], muitos achavam que era brincadeira. Hoje estão percebendo que não. Nós nos adiantamos, o que fizemos antes melhorou.
Sartori decreta "estado de calamidade financeira" no Rio Grande do Sul
Por outro lado, Sartori reconhece que ainda precisa "ajeitar a situação" para que os salários sejam pagos em dia. No fim do mês passado, a administração gaúcha anunciou o 9º parcelamento.
— Nós no Rio Grande do Sul, sem ajuda do governo federal, não teremos condição de fazer ajuste.
O governador disse ainda que os secretários de Fazenda propuseram a criação de um programa emergencial por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas a proposta foi considerada inviável pela equipe econômica do governo de Michel Temer.