As negociações entre os policiais e bombeiros militares de Pernambuco em greve e o Estado foram acompanhadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Inicialmente composta por 18 itens, a pauta de negociação começou a ser enxugada e acabou com quatro pontos considerados "essenciais" pela categoria. Todos eles foram alvo de debates com o Executivo: incorporação de gratificação por risco de morte ao salário-base, beneficiando ativos e inativos; construção de um plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira (19) — com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados estaduais as promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado. Além disso, houve a promessa do governo estadual de que o aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral. Com a incorporação da gratificação de risco de vida, o salário-base de um soldado da PM passará de R$ 1.900 para R$ 2.800. Uma das principais lideranças da mobilização, o soldado Joel Maurino, comemorou o fechamento do acordo. — Conseguimos avançar bastante. Com a incorporação da gratificação, por exemplo, quando formos discutir reajuste salarial, em janeiro de 2015, o porcentual que for concedido será calculado em cima de R$ 2.800 e não de R$ 1.900 como estavam querendo o governo anteriormente. A categoria conseguiu também a promessa do governo de que novo aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral.