A partir desta terça-feira (26), os ônibus voltam a circular durante a madrugada em Florianópolis (SC), após mais de 20 dias de suspensão do serviço por conta dos ataques no Estado. Os coletivos serão escoltados pela Polícia Militar. Com a medida, todos os coletivos circulam normalmente.
De acordo com a Secretaria de Transporte, as linhas que rodam durante a madrugada atendem as regiões note, leste, sul, centro e Continente. A escolta nas linhas será por tempo indeterminado.
A polícia investiga se os últimos ataques ocorridos no Estado têm ligação com facções criminosas. Entre a tarde deste domingo (24) e a madrugada desta segunda-feira (25), criminosos botaram fogo em carros, carreta e lixeiras.
Polícia de Santa Catarina muda critérios para classificar atentados
O crimes aconteceram nas cidades de Ibirama, Joinville, Rio do Sul, Palhoça São José e Criciuma. Por enquanto, a polícia mantém o número de 112 ataques relacionados à onda de violência que atinge o Estado desde o dia 30 de janeiro, quando ações criminosas foram retomadas, supostamente ordenadas por facções.
Entenda o caso
Santa Catarina vive a segunda onda de violência dos últimos meses. A primeira foi em novembro do ano passado. Os novos ataques começaram no dia 30 de janeiro. O Estado voltou a registrar ônibus, viaturas das polícias Militar e Civil, e veículos particulares incendiados. Bases da PM e delegacias também foram atacadas com tiros ou coquetéis molotovs.
O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou.
As ocorrências foram registradas em 37 municípios: Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Navegantes, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Tubarão, Laguna, Araquari, Indaial, Brusque, São João Batista, Rio do Sul, São Miguel do Oeste, Içara, Ilhota, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Bom Retiro, Garuva, São Bento do Sul, Porto União, Imbituba, Guaramirim, Rio Negrinho, Joinville, Gaspar, São José, Campos Novos, Balneário Rincão, Itapoá, Água Doce, e Lages.
O motivo teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários.