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Polícia Civil do ES vota paralisação nesta quinta: "O governo está brincando com a segurança pública"

Sindicato discute nesta tarde rumos da categoria em meio à crise de segurança no Estado

Cidades|Ana Ignacio, do R7

Policiais civis protestaram ne apoiam movimento de PMs
Policiais civis protestaram ne apoiam movimento de PMs Policiais civis protestaram ne apoiam movimento de PMs

Após seis dias sem policiais militares nas ruas e uma explosão no número de casos e homicídios, roubos e saques a lojas e comércio de todo o Estado, a Polícia Civil do Espírito Santo também pode cruzar os braços. Desde o último sábado (4), familiares de PMs impedem a saída dos policiais dos batalhões em diversos municípios.

Na tarde desta quinta-feira (9), os policiais civis irão discutir a situação da categoria e podem aprovar uma paralisação. Segundo Jorge Leal, presidente do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo), os agentes estão indignados.

— Nós iremos discutir a realidade que a Polícia Civil enfrenta hoje no âmbito da segurança pública no Estado do Espírito Santo. A categoria está indignada, principalmente com a morte do policial civil, então está todo mundo já está trabalhando no limite. [A greve] é uma possibilidade real, mas a gente vai definir em assembleia.

Segundo Leal, a categoria quer investimento na estrutura para dar melhores condições de trabalho, a realização de concurso para contratação de policiais e aumento e reajuste salarial.

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— Nós não temos aumento há sete anos, não temos sequer a reposição da inflação nos últimos anos. A política é de descaso, omissão, estão brincando com a segurança pública capixaba.

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Na quarta-feira (8), o secretário de segurança pública, o governador do Estado e o governador em exercício concederam uma entrevista coletiva sobre a crise e atribuíram as mortes e atos de violência ocorridos nos últimos dias ao movimento de policiais militares. Para Leal, isso mostra que o governo não quer assumir nenhuma responsabilidade pelos problemas do Estado.

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— A postura é de transferência de riscos e reponsabilidades para baixo. Eles não fazem o dever de casa, não fazer uma política de qualidade para a segurança pública, não investem. Se não dialogar e não buscar discussão, a tendência é só agravar a crise de segurança capixaba.

O Sindipol possui cerca de 2.700 associados e a assembleia da categoria está marcada para as 13h no auditório na chefia de Polícia Civil, em Vitória.

Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que já foi autorizada a ida de mais 550 homens das Forças Armadas para o Espírito Santo, atendendo ao pedido do governador em exercício, César Colnago. Disse também que outros 100 homens da Força Nacional estão sendo enviados para lá, a fim de prestar segurança, só que no interior do Espírito Santo. Assim, o número de militares reforçando a segurança no Estado sobe para 1.850.

O governo do Estado declarou que o principal objetivo no momento é "trazer tranquilidade para o povo capixaba" e que o diálogo com os policiais militares está aberto desde que os batalhões e quarteis sejam desobstruídos e os PMs voltem às ruas.

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