Além do reajuste salarial, categoria conquistou aumento da participação nos lucros e dos vales refeição e alimentação
Felipe Rau/Estadão ConteúdoOs bancários de sete Estados do País decidiram nesta segunda-feira (26) pelo fim da greve da categoria que durou 21 dias e voltam ao trabalho na terça-feira (27).
Aceitaram também as propostas dos patrões os bancários dos municípios de São Paulo (SP), Jundiaí (SP), Niterói (RJ), Teresópolis (RJ), Londrina (PR), Criciúma (SC), Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Campo Grande (MS), Dourados (MS), do Sul de Minas Gerais e do ABC Paulista.
Os bancários aceitaram a proposta da Fenaban (Federação Nacional de Bancos) de reajuste de 10% dos salários e participação nos lucros, com ganho real de 0,11%, e de 14% nos vales refeição e alimentação.
"Com esse índice, em 12 anos vamos acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
— Foi uma das greves mais fortes dos últimos anos e essa conquista foi consequência da nossa luta e mobilização.
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O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse nesta segunda-feira que o reajuste de 10% "aumenta o desafio para todos os bancos manter o controle dos custos".
Inicialmente, os bancários reivindicaram reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação, mais 5,7% de aumento real, PLR (Participação nos Lucros e Resultado), equivalente a três salários mínimos, mais R$ 7.246,82, melhores condições de trabalho e fim das demissões, entre outros.