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Com metro quadrado mais caro do País, mercado imobiliário do Rio faz promoções para desovar estoques

Preço dos imóveis na capital fluminense tem queda de 0,41% no acumulado deste ano

Economia|Do R7

Menor demanda para compra no Rio de Janeiro levou proprietários a disponibilizarem apartamentos para locação
Menor demanda para compra no Rio de Janeiro levou proprietários a disponibilizarem apartamentos para locação Menor demanda para compra no Rio de Janeiro levou proprietários a disponibilizarem apartamentos para locação

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro é um dos que mais sofre os efeitos da queda da confiança na economia e empresas do setor estão recorrendo cada vez mais a promoções diante de estoque que está fazendo construtoras adiarem lançamentos.

Os preços dos imóveis, que chegaram a subir 35% em 2011 e 15% em 2012, têm queda de 0,41% no acumulado de 2015 até setembro, de acordo com dados mais recentes do índice FipeZap.

"Nos últimos meses, a trajetória de queda vem se acentuando", disse o coordenador da pesquisa FipeZap, Eduardo Zylberstajn. Ele mencionou que o recuo se estende para cidades do entorno da capital fluminense, como Niterói, que registra a maior baixa entre as cidades pesquisadas, de 2,7% em 2015.

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O índice FipeZap Ampliado, que faz o levantamento de preços de imóveis em 20 localidades do País, tem alta de 1,38% nos nove meses de 2015.

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A menor demanda para compra no Rio de Janeiro levou proprietários a disponibilizarem apartamentos para locação, o que gerou aumento de oferta e queda no valor dos aluguéis, de 6,06% no ano, segundo o FipeZap.

Os problemas do setor imobiliário carioca não são exclusivos do Rio de Janeiro, mas a situação na cidade se agravou com demissões da Petrobras e a crise no setor de óleo e gás, que tem grande participação na economia da capital, segundo especialistas do mercado.

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"O Rio se beneficiou muito na época do boom imobiliário, então é muito razoável que passe por contração mais acentuada", afirmou Zylberstajn.

A cidade ainda exibe o preço médio por metro quadrado para venda mais caro do Brasil, de R$ 10.538, segundo o FipeZap, ante R$$ 8.614 em São Paulo. Em bairros como Leblon e Ipanema, o valor médio por metro quadrado chega a R$ 23 mil e R$ 20.500, respectivamente.

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Mas com o mercado em baixa, corretores de imóveis e construtoras tentam convencer clientes de que o momento é bom para compra.

"No momento de hoje, quem tem capacidade financeira vai comprar um imóvel em condições extramente favoráveis, em alguns casos abaixo do preço de custo", disse o vice-presidente de operações no Rio de Janeiro da BR Brokers, Bruno Serpa Pinto.

A empresa realizará no final de semana ação promocional no Rio de Janeiro e Niterói, com a participação de 16 incorporadoras e mais de 70 empreendimentos residenciais e comerciais na capital e interior, sendo cerca de 27 mil imóveis novos e usados apenas na capital.

Além de redução de preços nos imóveis, o evento que tem campanha publicitária no horário nobre da televisão, vai oferecer descontos em materiais de construção e móveis planejados. É a primeira vez que a BR Brokers realiza uma campanha promocional semelhante a um "feirão de imóveis". Até agora, a empresa tinha realizado ações pontuais nas imobiliárias.

"A gente tem a expectativa de fazer negócios de R$ 50 milhões no Rio de Janeiro e algo como R$ 20 milhões em Niterói", disse o executivo, mencionando os resultados esperados com a promoção. No segundo trimestre, a empresa apurou queda de 26% nas vendas contratadas sobre um ano antes, a R$ 2,2 bilhões.

Também afetada pela crise do setor, a construtora de alto padrão Rubi Engenharia, que atua há três décadas no Rio de Janeiro, preferiu adiar para 2016 dois projetos residenciais inicialmente previstos para o segundo semestre deste ano.

Além disso, edifício comercial lançado em maio pela empresa no Meier, bairro que segundo a diretora da Ruby Ana Carolina não teve lançamento comercial nos últimos 10 anos, ainda tem 50% das unidades sem comprador.

"Três anos atrás teria sido vendido em um final de semana. Esta é a nova realidade do mercado", disse a diretora. Ela acrescentou que a empresa está optando por fazer financiamento direto com clientes e aceitando imóvel já quitado como parte de pagamento em alguns empreendimentos, como no caso de um condomínio de casas lançado em 2012 e que ainda não foi totalmente vendido.

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