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Crise na Americanas faz Magazine Luiza liderar ganhos na Bolsa

Disparada de 60% das ações do Magazine Luiza ocorre com a avaliação de que os clientes devem migrar para a empresa com crise na concorrente

Economia|Do R7

Ações da Americanas deixam de ser negociadas na Bolsa após recuperação judicial
Ações da Americanas deixam de ser negociadas na Bolsa após recuperação judicial Ações da Americanas deixam de ser negociadas na Bolsa após recuperação judicial

As falhas contábeis na casa dos R$ 20 bilhões identificadas no balanço da Americanas (AMER3) trouxeram um efeito positivo nos negócios do Magazine Luiza (MGLU3), que encabeçou os ganhos do Ibovespa, com salto de 61,7% no valor de suas ações.

Com a valorização, os papéis da varejista fecharam o mês negociados a R$ 4,43, o que elevou o valor de mercado da companhia para quase R$ 30 bilhões. A alta, no entanto, ainda está longe de repor a perda de R$ 10 bilhões acumulada pelo Magazine Luiza no último ano, segundo dados da plataforma TC Economatica.

No mês, as ações da Americanas derreteram quase 90%, de R$ 12 para R$ 1,75, e a empresa teve suas negociações interrompidas pela B3, administradora da Bolsa de Valores brasileira. A decisão foi motivada pela entrada da varejista em um processo de recuperação judicial com dívidas que totalizam R$ 41,2 bilhões, devidos a 7.720 credores

Diante da movimentação, XP Investimentos elevou de R$ 4,50 para R$ 5 o preço-alvo das ações do Magazine Luiza, mas manteve a classificação para compra de papéis da empresa como “neutra”. “Acreditamos que os ganhos de participação de mercado do Magazine Luiza na reestruturação da Americanas são, principalmente, precificados após o rali de aproximadamente 60% no acumulado do ano”, afirmam os analistas da XP.

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Denis Medina, economista e professor da FAC-SP (Faculdade do Comércio de São Paulo), explica que a crise na Americanas amplia o entendimento dos investidores de que a companhia não terá capacidade para atender as famílias clientes das lojas, o que abre espaço para concorrentes diretos.

"Existe um grupo de consumidores que frequentemente consomem nas Lojas Americanas. Se ela encolher e perder espaço, esses clientes vão continuar comprando em outros mercados", diz Medina ao citar o Magazine Luiza e a Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto, como eventuais beneficiários diretos do movimento.

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Ao avaliar o desempenho adverso da Via Varejo (VIIA3), com variação nula em janeiro, Medina afirma que a companhia não tem o mesmo espaço que as concorrentes no ambiente digital, principalmente em termos de visibilidade e de abrangência do marketplace.

“Justamente por conta da presença no digital de que o Magazine Luiza se beneficiou no passado, ao levar suas ações a altas abruptas, que foram revertidas recentemente. [...] Uma elevação dos preços agora é, em parte, um ajuste daquele medo exacerbado e a captura de resultado por conta dos problemas na Americanas”, completa.

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