Desemprego sobe e Brasil tem 9,1 milhões de pessoas sem trabalho
A taxa de desemprego chegou a 9% no trimestre encerrado em outubro, a maior desde 2012
Economia|Do R7
O desemprego subiu em outubro do ano passado e a taxa de desocupação foi estimada em 9% no País, a maior taxa de desocupação da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Isso quer dizer que existem cerca de 9,1 milhões de pessoas sem trabalho, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
O percentual registrado no trimestre encerrado em outubro foi maior do que o mesmo trimestre do ano anterior (6,6%) e superando, também, a do trimestre móvel encerrado em julho de 2015 (8,6%).
Os dados, divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram ainda que o número de pessoas ocupadas, 92,3 milhões, ficou estável em ambas as comparações.
Por outro lado, o número de empregados com carteira assinada recuou 1,0% (menos 359 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em julho e caiu 3,2% (menos 1,2 milhão de pessoas) na comparação com igual trimestre de 2014.
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Renda
Os dados da renda dos trabalhadores, chamado pelo IBGE de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos, mostram que o valor médio recebido no trimestre agosto-setembro-outubro ficou em R$ 1.895.
O resultado é um pouco menor do que o mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.914) e do que o trimestre de maio a julho (R$ 1.907).
Em relação ao mesmo período de 2014, o trabalhador doméstico e o conta própria apresentaram queda no rendimento (-2,4% e -5,2%, respectivamente). Todas as demais categorias de posição na ocupação mantiveram estabilidade em seus rendimentos.
Metodologia
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em outubro de 2015 foi calculada a partir das informações coletadas em agosto/2015, setembro/2015 e outubro/2015.
Nas informações utilizadas para o cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em outubro e setembro, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis.