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Dilma diz que fez 'grande burrada' ao reduzir impostos para empresas

Ex-presidente afirma que tomou decisão para conseguir mais investimentos no País

Economia|Do R7

Ex-presidente do Brasil afirma que aprendeu com os erros que cometeu
Ex-presidente do Brasil afirma que aprendeu com os erros que cometeu

A presidente cassada Dilma Rousseff insistiu nesta segunda-feira (13) em declarar que fez "uma grande burrada" ao reduzir impostos para empresas durante seu mandato. O comentário foi feito em uma reunião fechada com estudantes brasileiros, em Genebra.

— A cultura no Brasil é a de que é um absurdo pagar imposto. Mas como faz programa social sem impostos?

Um dia antes, ela já havia indicado que cometeu um "grande erro" ao promover a desoneração fiscal no País. Em Genebra para participar de debates e seminários, a brasileira foi questionada se era capaz de assumir erros e se estava arrependida de alguma decisão que tomou enquanto foi presidente do Brasil.

— Eu acreditava que, se eu diminuísse impostos, eu teria um aumento de investimentos. Eu diminuí. Eu me arrependo disso. No lugar de investir, eles aumentaram a margem de lucro. 


Ela voltou a fazer a mesma afirmação quando foi entrevistada neste domingo pela TV pública suíça, RTS.

— Sempre temos de reconhecer erros. Em certos momentos, você repassa a sua vida. O que eu poderia ter feito diferente.


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Segundo ela, uma das acusações que foram feitas a ela é de ter mantido uma política fiscal "mais frágil".


— Eu errei numa coisa: tentamos fazer que investimentos fossem aumentados. Fiz uma grande desoneração, brutalmente reduzimos os impostos. Ali eu fiz um grande erro. Eu acreditava que, se fizéssemos isso, eles iriam investir mais e a coisa seria melhor. Eu errei. 

Parte de suas políticas chegou a ser condenada na OMC (Organização Mundial do Comércio), como a redução de IPI para empresas locais.

Sua avaliação, porém, é de que houve uma "subestimação das razões da crise econômica".

— Todos sabem que, na metade de 2014, houve queda significativa dos preços das commodities. Isso afeta a arrecadação do Brasil e nossa balança comercial. 

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