Relembre 7 fatos que marcaram a economia brasileira em 2015

Sequência de resultados econômicos negativos derrubou a confiança do consumidor

Economia|Do R7

21/12/2015 - 09h22 (Atualizado em 20/04/2024 - 07h34)

Este ano foi difícil para o brasileiro com altas de preços, de tributos,
de juros e do desemprego
e com queda na renda. O resultado não poderia ser diferente, aumentou o nível
de endividamento
dos consumidores. Entre tantos resultados negativos, o ano teve de positivo o
aumento do número de investidores em Tesouro Direto. Confira a seguir uma lista
de 7 fatos que marcaram a economia do País neste ano

Dólar

A moeda dos Estados Unidos foi outro fator que marcou este ano. O dólar
bateu o recorde desde o início do Plano Real e ultrapassou
os R$ 4. O câmbio, que começou o ano em R$ 2,6923, chegou a R$ 4,1461
durante o pregão do dia 23 de setembro. A menor cotação, neste ano, foi R$
2,5748 no dia 22 de janeiro. Após o pico, em setembro, a moeda passou a oscilar
entre R$ 4,11 e R$ 3,75. O dólar
alto não encarece apenas as viagens ao exterior, todos os brasileiros
acabam sentindo o impacto do câmbio por meio da inflação

Dólar
atinge o maior valor desde a criação do real e vira meme na internet

Inflação

Os aumentos dos combustíveis, do botijão
de gás e da energia
elétrica neste ano fizeram com que a inflação oficial, medida pelo IPCA
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), chegasse — em outubro — ao
maior valor (9,93%) no acumulado em 12 meses desde novembro de 2003, quando a
taxa foi de 11,02%. Os brasileiros sentiram a alta dos preços nos supermercados
e, para economizar, passaram a mudar
os hábitos de consumo

Escalada
da inflação põe em risco aumento real de salários, mas situação deve melhorar
em 2016

Juros

Para tentar controlar essa inflação recorde, o BC (Banco Central)
decidiu aumentar a taxa básica de juros, a Selic. Com isso, a taxa que começou
o ano a 12,25% subiu
até 14,25%. Esse é o maior patamar dos juros básicos no Brasil desde agosto
de 2006. A Selic influencia todas as taxas de empréstimos e financiamentos no
País. Assim, os juros
para famílias e empresas chegaram ao maior nível em seis anos. Na prática,
isso deixa empréstimos e financiamentos mais caros para o consumidor

Com
alta dos juros, consumidor deve quitar dívida no cartão e evitar rotativo

Financiamento imobiliário

Além da alta dos juros como efeito da Selic, o financiamento imobiliário
ainda foi afetado por três
ajustes — apenas neste ano — das taxas de juros cobradas pela Caixa
Econômica Federal, que é o banco que mais empresta dinheiro para a compra da
casa própria, e por alterações no percentual a ser financiado. O banco decidiu
que só emprestaria
metade do valor do imóvel, enquanto antes financiava até 80%. Com isso, os
consumidores que tentaram comprar um imóvel tiveram mais dificuldade em
conseguir um financiamento. Muitos desistiram do negócio e devolveram
o imóvel para a construtora. Por outro lado, o preço
dos imóveis subiu menos do que a inflação neste ano, porque havia muitas
unidades encalhadas

Vendas
e lançamentos de imóveis residenciais na cidade de SP desabam em setembro

Nota de risco

Diante desse cenário econômico, outra notícia trouxe preocupação: a
redução das notas de risco do Brasil e a perda
do selo de bom pagador por uma das três principais agências de risco, a
Standard & Poor’s. Nas outras duas (Fitch e Moody’s), o País ainda manteve
o chamado grau
de investimento. A classificação
de risco representa uma medida de confiança dos investidores internacionais
na economia de determinado país. O grau de investimento funciona como um atestado
de que os países não
correm risco de dar calote na dívida pública

Saiba
como o rebaixamento da nota de crédito do Brasil afeta a sua vida

Poupança e Título Direto

Para passar por esse período de turbulência, muitos brasileiros tiveram
que usar o dinheiro que tinham na poupança. Com isso, a caderneta teve seguidos
resultados de saques
maiores que depósitos neste ano. Desde 2005, a poupança não fechava o ano
no vermelho — cenário que se configura para acontecer, segundo dados do BC
(Banco Central). Por outro lado, o ponto positivo foi o número recorde de
brasileiros investindo no Tesouro
Direto, que rende mais do que a inflação, ao contrário da poupança (que
está com queda
no poder de compra)

Inflação
faz brasileiro acreditar que consumir é 'economizar' e que poupar é 'correr
risco'

Este ano foi difícil para o brasileiro com altas de preços, de tributos, de juros e do desemprego e com queda na renda. O resultado não poderia ser diferente, aumentou o nível de endividamento dos consumidores. Entre tantos resultados negativos, o ano ...

Este ano foi difícil para o brasileiro com altas de preços, de tributos, de juros e do desemprego e com queda na renda. O resultado não poderia ser diferente, aumentou o nível de endividamento dos consumidores. Entre tantos resultados negativos, o ano teve de positivo o aumento do número de investidores em Tesouro Direto. Confira a seguir uma lista de 7 fatos que marcaram a economia do País neste ano

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