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Relembre a trajetória de Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda

Saída de Levy da pasta foi oficializada nesta sexta-feira (18)

Economia|Do R7

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O economista Joaquim Levy oficializou nesta sexta-feira (18) sua saída do Ministério da Fazenda. Durante o período que permaneceu à frente do cargo, Levy foi responsável pelas medidas de ajuste fiscal do governo. Relembre nas próximas imagens a trajetória do ex-ministro
Embora tenha sido anunciado no fim de novembro de 2014 pelo governo federal, Joaquim Levy (foto) assumiu oficialmente o Ministério da Fazenda em 5 de janeiro de 2015
Em novembro de 2014, aliás, a equipe econômica do governo foi apresentada, com Joaquim Levy (centro) na Fazenda, Alexandre Tombini (esquerda) no Banco Central e Nelson Barbosa (direita) no Ministério do Planejamento
Com experiência tanto no mercado financeiro, já que fazia parte do time do banco Bradesco, quanto no setor público, como secretário do Tesouro Nacional, Levy sucedeu, no início de janeiro, Guido Mantega na função, que estava na pasta desde março de 2006
Formado em engenharia naval, Levy (foto) tem doutorado pela Universidade de Chicago, um dos principais centros de economistas alinhados com o setor financeiro em todo o mundo
Também foi diretor-superintendente do Bradesco Asset Management — braço de fundos de investimentos da instituição — e secretário do Tesouro Nacional na gestão do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, entre 2003 e 2006
Em entrevista exclusiva ao R7, realizada durante o mês de maio, o ex-ministro da Fazenda na gestão de Itamar Franco, Rubens Ricúpero, disse que Levy estava concentrado em “apagar o fogo” em que a economia se encontra com as medidas de ajuste fiscal
Joaquim Levy O economista liberal pediu demissão da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em 16 de junho, após Bolsonaro dizer que Levy estava com "a cabeça a prêmio". Foi a primeira baixa na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. O presidente não aprovou a indicação, feita por Levy, de Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais do banco porque ele foi assessor na instituição durante o governo do PT. Levy também fez parte da gestão petista, como ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Mas Bolsonaro disse em outra ocasião que havia dado um voto de confiança a ele a pedido de Guedes, porque não havia nada que o desabonasse. O descontentamento se deveria ainda ao fato de Levy não ter entregado uma promessa de campanha de Bolsonaro: abrir a suposta "caixa-preta" do BNDES, investigando supostas irregularidades ou ilegalidades em operações do banco durante os governos do PT, como o financiamento a empreendimentos no exterior ou empréstimos a grandes empresas brasileiras. O próprio Guedes também teria ficado insatisfeito com o fato de Levy não estar liberando um repasse maior de recursos do BNDES para a União para ajudar a fechar as contas públicas. Para seu lugar, foi escolhido o engenheiro e economista Gustavo Henrique Moreira Montezano, então secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, que estaria mais alinhado com os objetivos do governo
A permanência de Levy na Fazenda foi também marcada por um susto. No final do mês de junho, o ministro foi internado com suspeita de embolia pulmonar. Na ocasião, ele descumpriu as recomendações médicas e viajou para Nova York, onde se reuniu com a presidente Dilma e representantes de 25 empresas brasileiras que têm investimentos nos Estados Unidos
Em agosto, o ministro já demonstrava preocupação com os possíveis efeitos da turbulência política na economia nacional. Levy pregava serenidade para que as medidas do ajuste fiscal e a formulação do Orçamento de 2016 ficassem “blindadas” da crise política
Em outubro, Levy disse a interlocutores que pretendia deixar o cargo no fim de 2015 caso o "fogo amigo" contra ele continuasse no governo e no PT. Levy estava muito irritado com as críticas que sofria por parte do partido
Levy teria escrito uma carta de demissão após o ex-presidente Lula dizer que ele tinha “prazo de validade” à frente da Fazenda. Desde então, os rumores sobre a possível saída de Levy do ministério não pararam. Durante o mês de novembro, Dilma reafirmou, durante reunião da cúpula das 20 maiores economias do mundo, que o ministro permaneceria no cargo e classificou as notícias sobre a saída dele do governo como "nocivas"
O ponto final colocado na relação entre Levy e o governo aconteceu após o anuncio da meta fiscal de 2016. Levy defendia que 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) fosse economizado para pagar a dívida pública. Ele chegou a sinalizar que deixaria o governo caso o Congresso cortasse a meta
A meta defendida pelo ministro para ajustar a economia foi reduzida de 0,7% para 0,5% do PIB para manter o Bolsa Família. Antes do anúncio oficial, Levy já havia classificado como um equívoco ligar corte no Bolsa Família a cumprimento da meta fiscal
No dia seguinte ao anúncio da nova meta de superávit, o jornal Valor Econômico já afirmava que Levy teria acertado sua saída do Ministério da Fazenda e aguardava apenas a escolha de um substituto para oficializar o anúncio
Os rumores sobre a saída de Levy do governo ganharam maiores proporções após ele encerrar a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) com tom de despedida. Segundo fontes presentes à reunião, o ministro teria dito aos participantes que não estaria presente no próximo encontro do grupo, marcado para a última quinta-feira de janeiro
Na manhã desta sexta-feira (18), o fato de que Levy não fará mais parte da equipe econômica do governo já era quase oficial. Auxiliares diretos da Presidência disseram que a substituição de Levy poderia acontecer a qualquer momento. O assunto já teria até sido discutido entre Dilma, Lula e o presidente do PT, Rui Falcão
Nesta sexta-feira (18), o ministro almoçou com jornalistas e despistou por várias vezes sobre seu futuro. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, disse que iria buscar o "caminho da paz interior" em tom bem-humorado
Após rumores, foi confirmada no fim da tarde de sexta-feira (18) a informação de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (à esquerda), deixaria o cargo. Ele foi substituído por Nelson Barbosa (à direita), que até então ocupou o Ministério do Planejamento. A saída de Levy do governo aconteceu um dia após o Congresso aprovar o Orçamento de 2016 com um superávit menor do que aquele defendido por ele 

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O economista Joaquim Levy oficializou nesta sexta-feira (18) sua saída do Ministério da Fazenda. Durante o período que permaneceu à frente do cargo, Levy foi responsável pelas medidas de ajuste fiscal do governo. Relembre nas próximas imagens a trajetória do ex-ministro
Embora tenha sido anunciado no fim de novembro de 2014 pelo governo federal, Joaquim Levy (foto) assumiu oficialmente o Ministério da Fazenda em 5 de janeiro de 2015
Em novembro de 2014, aliás, a equipe econômica do governo foi apresentada, com Joaquim Levy (centro) na Fazenda, Alexandre Tombini (esquerda) no Banco Central e Nelson Barbosa (direita) no Ministério do Planejamento
Com experiência tanto no mercado financeiro, já que fazia parte do time do banco Bradesco, quanto no setor público, como secretário do Tesouro Nacional, Levy sucedeu, no início de janeiro, Guido Mantega na função, que estava na pasta desde março de 2006
Formado em engenharia naval, Levy (foto) tem doutorado pela Universidade de Chicago, um dos principais centros de economistas alinhados com o setor financeiro em todo o mundo
Também foi diretor-superintendente do Bradesco Asset Management — braço de fundos de investimentos da instituição — e secretário do Tesouro Nacional na gestão do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, entre 2003 e 2006
Em entrevista exclusiva ao R7, realizada durante o mês de maio, o ex-ministro da Fazenda na gestão de Itamar Franco, Rubens Ricúpero, disse que Levy estava concentrado em “apagar o fogo” em que a economia se encontra com as medidas de ajuste fiscal
Joaquim Levy O economista liberal pediu demissão da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em 16 de junho, após Bolsonaro dizer que Levy estava com "a cabeça a prêmio". Foi a primeira baixa na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. O presidente não aprovou a indicação, feita por Levy, de Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais do banco porque ele foi assessor na instituição durante o governo do PT. Levy também fez parte da gestão petista, como ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Mas Bolsonaro disse em outra ocasião que havia dado um voto de confiança a ele a pedido de Guedes, porque não havia nada que o desabonasse. O descontentamento se deveria ainda ao fato de Levy não ter entregado uma promessa de campanha de Bolsonaro: abrir a suposta "caixa-preta" do BNDES, investigando supostas irregularidades ou ilegalidades em operações do banco durante os governos do PT, como o financiamento a empreendimentos no exterior ou empréstimos a grandes empresas brasileiras. O próprio Guedes também teria ficado insatisfeito com o fato de Levy não estar liberando um repasse maior de recursos do BNDES para a União para ajudar a fechar as contas públicas. Para seu lugar, foi escolhido o engenheiro e economista Gustavo Henrique Moreira Montezano, então secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, que estaria mais alinhado com os objetivos do governo
A permanência de Levy na Fazenda foi também marcada por um susto. No final do mês de junho, o ministro foi internado com suspeita de embolia pulmonar. Na ocasião, ele descumpriu as recomendações médicas e viajou para Nova York, onde se reuniu com a presidente Dilma e representantes de 25 empresas brasileiras que têm investimentos nos Estados Unidos
Em agosto, o ministro já demonstrava preocupação com os possíveis efeitos da turbulência política na economia nacional. Levy pregava serenidade para que as medidas do ajuste fiscal e a formulação do Orçamento de 2016 ficassem “blindadas” da crise política
Em outubro, Levy disse a interlocutores que pretendia deixar o cargo no fim de 2015 caso o "fogo amigo" contra ele continuasse no governo e no PT. Levy estava muito irritado com as críticas que sofria por parte do partido
Levy teria escrito uma carta de demissão após o ex-presidente Lula dizer que ele tinha “prazo de validade” à frente da Fazenda. Desde então, os rumores sobre a possível saída de Levy do ministério não pararam. Durante o mês de novembro, Dilma reafirmou, durante reunião da cúpula das 20 maiores economias do mundo, que o ministro permaneceria no cargo e classificou as notícias sobre a saída dele do governo como "nocivas"
O ponto final colocado na relação entre Levy e o governo aconteceu após o anuncio da meta fiscal de 2016. Levy defendia que 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) fosse economizado para pagar a dívida pública. Ele chegou a sinalizar que deixaria o governo caso o Congresso cortasse a meta
A meta defendida pelo ministro para ajustar a economia foi reduzida de 0,7% para 0,5% do PIB para manter o Bolsa Família. Antes do anúncio oficial, Levy já havia classificado como um equívoco ligar corte no Bolsa Família a cumprimento da meta fiscal
No dia seguinte ao anúncio da nova meta de superávit, o jornal Valor Econômico já afirmava que Levy teria acertado sua saída do Ministério da Fazenda e aguardava apenas a escolha de um substituto para oficializar o anúncio
Os rumores sobre a saída de Levy do governo ganharam maiores proporções após ele encerrar a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) com tom de despedida. Segundo fontes presentes à reunião, o ministro teria dito aos participantes que não estaria presente no próximo encontro do grupo, marcado para a última quinta-feira de janeiro
Na manhã desta sexta-feira (18), o fato de que Levy não fará mais parte da equipe econômica do governo já era quase oficial. Auxiliares diretos da Presidência disseram que a substituição de Levy poderia acontecer a qualquer momento. O assunto já teria até sido discutido entre Dilma, Lula e o presidente do PT, Rui Falcão
Nesta sexta-feira (18), o ministro almoçou com jornalistas e despistou por várias vezes sobre seu futuro. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, disse que iria buscar o "caminho da paz interior" em tom bem-humorado
Após rumores, foi confirmada no fim da tarde de sexta-feira (18) a informação de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (à esquerda), deixaria o cargo. Ele foi substituído por Nelson Barbosa (à direita), que até então ocupou o Ministério do Planejamento. A saída de Levy do governo aconteceu um dia após o Congresso aprovar o Orçamento de 2016 com um superávit menor do que aquele defendido por ele 

O economista Joaquim Levy oficializou nesta sexta-feira (18) sua saída do Ministério da Fazenda. Durante o período que permaneceu à frente do cargo, Levy foi responsável pelas medidas de ajuste fiscal do governo. Relembre nas próximas imagens a trajetória do ex-ministro

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