O Ministério da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (22). uma nova revisão da estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) — soma dos bens e serviçoes produzidos no Páis — em 2017, de 1% para 0,50%.
No último Boletim Focus divulgado pelo BC (Banco Central), as projeções de mercado apontam para uma alta de 0,48% no PIB de 2017. Para 2018, a Fazenda prevê expansão do PIB de 2,5%
Em 21 de novembro do ano passado, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, já havia anunciado que a previsão da equipe econômica para o crescimento tinha sido rebaixada de 1,6% para 1%. Mas a mudança não foi feita na LOA (Lei Orçamentária Anual) deste ano e, na ocasião, Kanczuk não fez previsões sobre o impacto da a alteração sobre as receitas de 2017.
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Inicialmente, a proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017 trazia uma projeção de PIB de 1,2%. Em meados de agosto, às vésperas do envio do Orçamento ao Congresso, a equipe econômica anunciou a elevação dessa projeção para 1,6%, com o argumento de que o próprio mercado estava melhorando suas avaliações.
O corte no Orçamento que será anunciado nesta quarta no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias já irá considerar a nova estimativa de PIB divulgada. Como a LOA deste ano foi aprovada com base em um PIB de 1,6%, a diferença que impactará o contingenciamento é de 1,1 ponto porcentual.
A Fazenda também atualizou outras projeções para a economia em 2017. A estimativa oficial para o IPCA em 2017 passou de 4,7% para 4,3%. Já a previsão para o câmbio ao fim desde ano passou de R$ 3,60 para R$ 3,30. Para 2018, a Fazenda prevê IPCA de 4,5% e câmbio no fim do ano de R$ 3,40.
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4º trimestre
O Ministério da Fazenda ressaltou que, embora haja expectativa de que o PIB crescerá 0,5% em 2017, a perspectiva para o PIB marginal "é bem maior". De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, a previsão é que a economia brasileira esteja com crescimento em ritmo de 2,7% no último trimestre de 2017 ante igual período do ano passado. Em termos anualizados, esse ritmo representa alta de 3,2%.
No diagnóstico apresentado, a Fazenda destaca que, entre os fatores que dão apoio à reação da economia, há "avanço substancial da desalavancagem durante o quarto trimestre de 2016", especialmente das empresas.