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IBGE: Brasil cria vagas, mas salários são corroídos pela inflação

Segundo a Pnad Contínua do 3º trimestre, novos cargos pagam menos e rendimento geral não acompanha reajustes de preços 

Economia|Do R7

Novos empregos estão pagando menos, mostra IBGE
Novos empregos estão pagando menos, mostra IBGE Novos empregos estão pagando menos, mostra IBGE

Os dados da Pnad Contínua relativos ao terceiro trimestre de 2021, divulgados nesta terça-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que, ao contrário do número de vagas, que cresceu no país, o poder de compra dos que estão empregados é cada vez menor.

Na comparação com o segundo trimestre deste ano, de abril a junho, o rendimento real (R$ 2.459) caiu 4,0%.

Se for levado em conta o terceiro trimestre do ano passado, a diferença é de 11,1%. “Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro de 2021 registrou que, em doze meses, a inflação oficial já alcançava 10,25%.

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Sudeste e indústria são destaques negativos

Fazendo o corte por regiões do Brasil, no Sudeste ocorreram as maiores perdas percentuais e em dinheiro no salário da população empregada: 13,2% e R$ 426.

No Norte, houve as menores quedas: 4,3% e R$ 87 a menos. 

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Os trabalhadores que tiveram as maiores reduções reais (considerando perdas com a inflação) em um ano foram os da indústria, com 14,7% menos poder de compra, ou R$ 428.

Na construção, que comemora aumento nos negócios, os empregados passaram a ganhar 7,3% menos, como se tivessem descontados R$ 146 do salário. No segmento de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, a queda foi de 12,3%, ou menos R$ 271.

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Com ou sem carteira, todos perderam

A queda atingiu tanto os trabalhadores com carteira assinada quanto os que não estavam registrados entre julho e setembro.

No setor privado como um todo, quem tinha carteira assinada ganhou 6,5% menos em relação a 2020. Quem não possuía, 11,5%.

Os trabalhadores por conta própria foram os que menos perderam. Os que contavam com CNPJ (registro de uma empresa) passaram a ganhar 2,4% menos, enquanto os que não tinham, 7,9%.

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