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Luz sobe três vezes mais que a inflação em dois anos; veja como economizar

Tarifa de energia aumenta a partir deste sábado em São Paulo (17,04%) e em Tocantins (5,66%)

Economia|Do R7, com agências

Gabriel parou de usar o micro-ondas para economizar
Gabriel parou de usar o micro-ondas para economizar Gabriel parou de usar o micro-ondas para economizar

O modelista Gabriel Avalos, 33 anos, diz ter mudado alguns hábitos nos últimos meses. Parou de usar o micro-ondas e deixou de utilizar com frequência a máquina de lavar roupa. O motivo foi as últimas altas na conta de luz. Agora, ele se prepara para mais um aumento: a partir deste sábado (4), a energia residencial fica 17,04% mais cara em São Paulo e 5,66% maior em Tocantins.

Em dois anos — do início de 4 de julho de 2013 a 4 de julhos de 2015 — a luz subiu 46,1% no Brasil, sem contar o adicional por bandeira amarela ou vermelha.

Com a nova alta, São Paulo (abastecida pela Eletropaulo) chega a 82,9% de aumento e Tocantins (abastecida pela Energisa Tocantins) a 22,0%. No mesmo período, a inflação deve ficar entre 15% e 16% (o IPCA, índice oficial, ainda não foi fechado).

Antes, em 2012, o governo havia editado a medida provisória 579, que tentou reduzir (com sucesso parcial) a conta de luz em 20%.

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Agora, Avalos afirma que, com o frio, a conta dele mais que dobrou:

— A família toda tem tentado economizar. Mas tem coisas que não dá. Agora no frio, tem que tomar banho quente. Não dá para cortar isso. Minha última conta foi de R$ 170. No começo do ano passado, era menos de R$ 100.

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O último aumento da luz em São Paulo foi autorizado na última terça-feira (30) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Faz parte de uma revisão que é feita de quatro em quatro anos.

O diretor-geral da agência, Romeu Rufino, afirma que o principal motivo do reajuste é o custo com a compra de energia e o pagamento da primeira parcela dos empréstimos bilionários ao setor, feitos no ano passado, que somaram R$ 21,2 bilhões.

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O que fazer?

Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), afirma que famílias, pequenos comerciantes e empresas médias podem adotar estratégias diferentes para lidar com o aumento.

— Às famílias, eu recomento sempre procurar um agente motivador. É preciso fazer uma reunião e colocar na mesa: Economizar para quê? O que queremos com esse dinheiro? Tendo um projeto em vista, o esforço da economia não deixa de ser esforço, mas é mais leve, ganha um sentido. O problema não é só a conta de luz. O custo de vida vem aumentando: a conta de água, o supermercado etc. Mas o planejamento para essa nova situação tem que partir desses planos futuros.

Domingos recomenda, então, que as famílias analisem o consumo — em quilowatts, não em reais — e estabeleça uma meta de redução.

— O preço está quase dobrando em alguns Estados. É muito difícil, com essa alta, reduzir o valor. Mas, reduzindo o consumo, já alivia. Aí é uma questão de saber o quanto se quer economizar e verificar o que mais cortar.

Uma das medidas mais simples para se tentar atingir a meta, segundo Domingos, é trocar as lâmpadas incandescentes por fluorescentes e de LED (veja abaixo outras dicas de economia levantadas pelo R7).

Empresas médias

Domingos diz que os donos de empresas médias e pequenas — que terão reajuste de até 11,73% em São Paulo e de até 6,52% em Tocantins — devem adotar outra estratégia.

— Empresa não tem essa conversa: é meta mesmo. Pode haver uma conscientização, mas isso não basta. É importante estipular metas e incluir parte desse dinheiro economizado no PLR [Participação nos Lucros e Resultado], por exemplo.

Os pequenos comerciantes podem mesclar as estratégias familiares com a empresarial.

— Em comércio pequeno é mais fácil. A equipe é mínima e o poder de persuasão do dono é maior. Então, pode-se conversar com os funcionários, explicar a situação, definir estratégias de economia. Mas vale também a questão do PLR, ou de algo do tipo. É importante que o funcionário seja diretamente beneficiado por parte dessa economia.

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