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Prévia da inflação oficial acumula alta de 7,9% nos últimos 12 meses

Conta de luz, preço dos combustíveis e dos alimentos foram os vilões, segundo IBGE

Economia|Do R7

Com a elevação de 10,91% na energia elétrica, o grupo habitação (2,78%) ficou com o maior resultado no mês de março
Com a elevação de 10,91% na energia elétrica, o grupo habitação (2,78%) ficou com o maior resultado no mês de março Com a elevação de 10,91% na energia elétrica, o grupo habitação (2,78%) ficou com o maior resultado no mês de março

A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve alta de 1,24% em março e ficou 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (1,33%).

No entanto, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (20), no acumulado dos últimos 12 meses o indicador subiu para 7,90%, o maior desde maio de 2005 (8,19%).

A taxa de 1,24% é explicada, basicamente, pelos aumentos nas contas da energia elétrica, nos preços dos combustíveis e dos alimentos que, juntos, foram responsáveis por 77,42% do índice do mês, sobre o qual exerceram impacto de 0,96 ponto percentual (p.p.).

Com a elevação de 10,91% na energia elétrica, o grupo habitação (2,78%) ficou com o maior resultado no mês de março. A forte elevação de 10,91% ocorrida nas contas refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 02 de março. Tanto na bandeira tarifária vigente, a vermelha, que aumentou 83,33% ao passar de R$ 3,00 para R$ 5,50, quanto nas tarifas, tendo em vista a aplicação de reajustes extraordinários.

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Com elevação de 6,25%, os combustíveis exerceram impacto de 0,31 p.p. sobre o índice do mês, sendo 0,26 p.p. de responsabilidade da gasolina, cujos preços subiram 6,68%. Por região, os aumentos da gasolina variaram de 4,41% em Goiânia até 9,22% em Recife.

A alta da gasolina reflete, nas bombas, o reajuste das alíquotas do PIS/Cofins autorizado a partir de primeiro de fevereiro e que incidiu, também, sobre o óleo diesel, que ficou 4,05% mais caro. O consumidor passou a pagar, ainda, 5,32% a mais pelo litro do etanol. Com isso, o IPCA-15 do grupo Transportes fechou o mês em 1,91%.

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Nos alimentos a alta foi de 1,22%, sob pressão de vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente cebola (19,07%)
Nos alimentos a alta foi de 1,22%, sob pressão de vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente cebola (19,07%) Nos alimentos a alta foi de 1,22%, sob pressão de vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente cebola (19,07%)

Nos alimentos a alta foi de 1,22%, sob pressão de vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente cebola (19,07%), cenoura (18,32%), tomate (13,04%), ovos (12,01%), hortaliças (7,62%) e feijão-carioca (4,17%). Na região metropolitana de Curitiba os preços dos alimentos chegaram a subir 2,38%, enquanto em Belém o aumento foi de 0,52%.

Além destes, outros aumentos influenciaram o índice do mês, com destaque para os itens: seguro de veículo (3,01%), higiene pessoal (2,17%), ônibus intermunicipal (1,82%), ônibus urbano (1,39%), automóvel novo (1,37%), mão de obra para pequenos reparos (1,23%) e eletrodomésticos (0,94%).

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No trimestre

Com o resultado de março, o IPCA-E (que se constitui no IPCA-15 acumulado por trimestre), situou-se em 3,50%, acima da taxa de 2,11% registrada nos três primeiros meses de 2014. Em março de 2014 o IPCA-15 havia sido 0,73%.

Região

Entre os índices regionais o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (1,72%) especialmente em virtude das altas da energia elétrica (14,89%), ônibus urbano (10,95%) e combustíveis (8,52%). O menor índice foi o de Belém (0,76%), onde os alimentos apresentaram a taxa de 0,52%, bem abaixo da média nacional (1,22%) (tabela a seguir).

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 13 de março de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 2015 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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