A produção de cerveja em janeiro deste ano diminuiu na comparação com o mesmo mês do ano passado mesmo com o verão sendo um dos mais quentes dos últimos anos.
De acordo com dados do Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas), da Receita Federal, neste ano foram produzidos mais de 1,29 bilhão de litros da bebida. Em 2013, a produção chegou a 1,32 bilhão de litros. Mais de 32,06 milhões de litros a menos de um ano para o outro.
De acordo com a CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), a diferença pode ser explicada pelo mês do Carnaval.
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Em nota, a associação afirmou que, "no ano passado, o Carnaval — época em que a tradicionalmente há expressivo consumo de cerveja — ocorreu em fevereiro, o que motivou forte ajuste da produção no mês antecedente (alta de 9,2% sobre dezembro do ano anterior e de 13,9% ante igual mês de 2012)".
Neste ano, o Carnaval ocorre somente em março e, segundo a CervBrasil, "o setor está a todo a vapor e um ajuste tão forte em janeiro ainda não se fez necessário".
A associação afirma ainda que, nos dados sem o movimento sazonal, houve uma alta de 4,8% em janeiro ante dezembro do ano passado, a terceira elevação seguida no comparativo mensal, numa demonstração de que o setor encontra-se bem abastecido para o forte calor que tem caracterizado esse verão.
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O diretor executivo da CervBrasil, Paulo de Tarso Patroni, afirma que além do verão e do Carnaval, a Copa do Mundo também tem animado o setor de cervejas.
— Ainda é cedo para falarmos em recuperação na produção, mas as perspectivas são positivas. A Copa do Mundo pode atuar como um “mês de verão” no meio do inverno.
Em dezembro do ano passado, a Ambev - dona das marcas Antarctica, Brahma, Skol e Bohemia, entre outras - anunciou a campanha Verão Sem Aumento, com a proposta de que bares, restaurantes, quiosques e lanchonetes não aumentem o valor da bebida até o fim do Carnaval deste ano.
Segundo informou na época o diretor corporativo de preços e financeiro da Ambev Brasil, Marcelo Michaelis, “a ideia é manter o preço, vender mais e, assim, recuperar a queda no consumo e nas vendas ao longo de 2013, que foi um ponto menor do que 2012”.