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Deputados pró-governo travam investigação sobre máfia da merenda na Assembleia

Reuniões de comissão que apura suposto desvio de verba foram canceladas por falta de quórum

Educação|Giorgia Cavicchioli, do R7

Estudantes pedem investigação e punição de envolvidos na fraude
Estudantes pedem investigação e punição de envolvidos na fraude Estudantes pedem investigação e punição de envolvidos na fraude

A comissão da Assembleia Legislativa que apura um suposto esquema de desvio de dinheiro na compra de merendasem São Paulo está com os trabalhos travados. Por ausências constantes de deputados, nenhum requerimento protocolado chegou a ser analisado até o momento.

Para que as discussões possam avançar, é necessário que pelo menos 11 deputados compareçam às sessões. De acordo com a deputada Leci Brandão (PCdoB), da oposição, há falta de interesse por parte dos parlamentares, cuja maioria é favorável ao governo. 

— A comissão tem vários deputados. São 12 no total. Somente quatro são da oposição. Com quatro deputados você não faz reunião e a situação não tem interesse de discutir a merenda.

O deputado Carlos Giannazi (PSOL), também da oposição, avalia que “se depender da Assembleia, não haverá nenhuma investigação”. Segundo a denúncia do Ministério Público, licitações para merendas de escolas estaduais foram fraudadas para beneficiar a Coaf, cooperativa de agricultores que fornecia alimentos e sucos. 

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Para Giannazi, a Assembleia tem maioria ligada ao PSDB — partido do governador Geraldo Alckmin — e, por isso, “é um puxadinho do governo”. 

— Eu não estou vendo qualquer tipo de investigação. Está tendo uma orientação, por parte do governo para que as pessoas não compareçam.

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A Assembleia é presidida por Fernando Capez (PSDB). O deputado é um dos investigados do esquema que veio à tona em janeiro deste ano. A última reunião da comissão aconteceu no dia 12 de abril. Porém, apenas três deputados registraram presença: Carlos Giannazi (PSOL), Marcia Lia (PT) e Rita Passos (PSD), que é presidente da comissão.

Procurado, o governo do Estado não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta matéria. 

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