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Enem deve ter prova geral e específica a partir de 2024

Mudança é uma exigência da lei para acompanhar a flexibilidade do currículo do novo ensino médio a partir de 2022

Educação|Do R7

Parecer com mudança entra em consulta pública nesta terça-feira (9)
Parecer com mudança entra em consulta pública nesta terça-feira (9) Parecer com mudança entra em consulta pública nesta terça-feira (9)

Em meio a pedidos de demissão no Inep, foram apresentadas nesta segunda-feira (8) no CNE (Conselho Nacional de Educação) as recomendações para o novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deve ser aplicado em 2024. O documento ao qual a reportagem teve acesso revela que a prova deve ter duas etapas, uma de conhecimentos gerais e a outra será dividida em quatro áreas profissionais.

A mudança no Enem é uma exigência da lei porque a partir de 2022 as escolas precisam oferecer o novo ensino médio, que dá flexibilidade aos alunos para escolher parte do currículo, de acordo com suas preferências e aspirações de trabalho. A nova prova terá, portanto, de avaliar também essa nova formação.

A proposta do parecer da ex-presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro, é que a segunda etapa do Enem seja dividida em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (Stem), para classificar alunos para cursos das engenharias, química, computação, entre outros; Ciências Sociais Aplicadas, para cursos de economia, administração, direito; Humanidades, Linguagens e Artes, para cursos de filosofia, história, pedagogia, entre outros; e Ciências Biológicas e Saúde, para cursos de medicina, enfermagem, meio ambiente, entre outros.

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O documento entra em consulta pública nesta terça-feira (9) e será votado no conselho em dezembro. Não foi proposta uma prova específica para quem optar por fazer ensino técnico com o médio.

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Se aprovado, o Inep deve começar a elaborar o exame com base nessas diretrizes. Com a debandada do Inep, a preocupação de Maria Helena é "como e quando" isso será feito. "O MEC precisa se preparar, contratar consultores, fazer investimento em dinheiro e técnico para ter um novo banco de itens (perguntas da prova)", disse. O parecer diz ainda que a prova pode ter questões dissertativas e não apenas de múltipla escolha.

Maria Helena ouviu secretarias, entidades, universidades e analisou um estudo de experiências internacionais feito pela consultoria Vozes da Educação, com apoio do Itaú Educação e Trabalho. Muitos dos países analisados têm uma prova geral e a outra com escolha dos estudantes. A maioria tem questões discursivas e algumas orais, como na França e no Reino Unido. China e Alemanha descentralizam a organização do exame, apesar de ele ser nacional.

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