Estudantes consideram tema da redação do Enem inesperado

Estudantes que participaram do segundo dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) neste domingo (6), consideraram o tema da redação inesperado.

Para atingir a nota máxima, 1.000 pontos, os estudantes precisam escrever uma dissertação argumentativa sobre o tema “caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil". A proposta foi divulgada neste domingo pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) após o início da prova. 

O R7 conversou com estudantes que realizaram o exame na Uninove (Universidade Nove de Julho) da Barra Funda, em São Paulo, para entender qual a opinião dos candidatos sobre o tema da redação.

O candidato Kevin Mendes contou que teve um desempenho melhor no primeiro dia de provas do que no segundo, já que não tem muito domínio de matemática. Para ele, o tema da redação foi inesperado.

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— Eu achei que pelos acontecimentos desse ano a proposta poderia ser sobre política. Mesmo assim esse tema foi tranquilo.

Mateus Garcia deseja cursar Engenharia Mecânica na graduação. O estudante afirma que gostaria de ter escrito mais na prova, mas não pode pelo limite máximo de 30 linhas. 

—Tinha muito assunto para falar, mas faltaram linhas. Não que eu tenha me preparado com este tema em si, mas eu esperava que ele fosse cobrado. Eu tinha bons argumentos.

O candidato Luis Rogerio Barbosa dos Santos conta que não pensou que intolerância religiosa pudesse aparecer como proposta da redação. Por isso, afirma que conseguiu fazer a prova, mas não teve um desempenho tão bom quanto gostaria. 

— Dos temas que eu estudei, esse foi o mais improvável. Poderiam ter colocado um tema mais central. Intolerância religiosa foi mais distante do que está acontecendo esse ano.

O estudante, que quer cursar Engenharia da Computação, diz que outros temas fariam mais sentido no exame deste ano, mas concorda que a proposta de 2016 é interessante.

— A questão do transporte público ou da discriminação poderiam ser bons temas, mas foram evitados. No entanto, foi um bom tema, porque qualquer pessoa pode desenvolver a redação.

* Colaborou Giuliana Saringer, estagiária do R7.