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Funcionários da USP aprovam fim da greve; aulas serão retomadas na próxima segunda 

Reposição do trabalho acumulado será feita por meio de hora extra durante 70 dias

Educação|Do R7

Votação foi feita na manhã desta sexta-feira (19) na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo
Votação foi feita na manhã desta sexta-feira (19) na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo Votação foi feita na manhã desta sexta-feira (19) na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo

Em assembleia realizada nesta sexta-feira (19), os funcionários técnico-administrativos da USP (Universidade de São Paulo) votaram pelo fim da greve, que já durava 116 dias. Na última quinta-feira (18), os professores também votaram pelo término da paralisação. Com as decisões, as aulas na universidade serão retomadas na próxima segunda-feira (22).

As categorias aprovaram as propostas da reitoria apresentadas em reunião de conciliação mediada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) no último dia 17.

Pelo acordo e com base em determinações do TRT, a USP concederá aos seus servidores reajuste salarial de 5,2% a ser pago em duas parcelas; abono de 28,6% do salário referente ao pagamento do reajuste retroativo à data base de maio; e a devolução dos auxílios refeição e transporte descontados nos meses de julho e agosto, quando houve corte de ponto e benefícios dos funcionários em greve.

Quanto à reposição dos dias parados, principal ponto de impasse para firmar o acordo, fica estabelecido que e reposição do trabalho acumulado será feita por meio de hora extra equivalente, no máximo, a uma hora por dia, durante 70 dias.

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"A USP queria que pegássemos todos os dias da greve, que ao todo vai completar 119 dias até a próxima segunda-feira. Íamos levar anos repondo esses dias, o que seria um castigo, porque tem setores que não tiveram trabalho acumulado, como os motoristas do ônibus Circular, por exemplo", alega Magno Carvalho, diretor do Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP).

Com o fim da greve, os servidores terão de acordar com as chefias das unidades quais são as funções que realmente tiveram trabalho acumulado.

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Segundo Carvalho, no HU (Hospital Universitário) e na ECA (Escola de Comunicações e Artes da USP) as chefias já se manifestaram dizendo que não será cobrada reposição por meio de horas extras.

— Por enquanto, não teve nenhum problema quanto à reposição, mas isso pode aparecer a partir de segunda-feira. Se acontecer algo, o sindicato vai intervir para fazer acordos.

A diretoria da ECA informou ao R7, em nota, que "a citação do Sr. Magno Carvalho, diretor do Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP), refere-se ao posicionamento dos funcionários que participaram da reunião de fim de greve, e não se trata do posicionamento institucional da Escola". Segundo ela, a direção irá se reunir com as chefias de departamento e setores administrativos na próxima semana para tratar do assunto.

O site da Adusp (Associação dos Docentes da USP) destaca que depois da votação na assembleia dos professores, ontem, “não foram poucos os docentes, homens e mulheres, que ao se manifestar tiveram a voz embargada pela emoção e por lágrimas, após 115 dias de greve, a mais longa da história da USP”.

Procurada, a reitoria não se manifestou sobre o fim da paralisação e nem sobre o retorno das aulas.

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