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Educação

Governo lançará Fies da pós-graduação no 2º semestre

O programa terá regras iguais às da graduação, com financiamento parcial e integral 

Educação|Do R7

Pagamento do empréstimo ocorre um ano e meio após a formatura
Pagamento do empréstimo ocorre um ano e meio após a formatura

O governo federal vai anunciar, no segundo semestre, a abertura de crédito educativo para 25 mil alunos de mestrado e doutorado em faculdades particulares.

O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) da pós-graduação, projeto que ganhou força nos debates internos do MEC (Ministério da Educação) nos dois últimos anos, é uma das apostas para ampliar o acesso, como ocorreu na graduação.

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— Será um sucesso, pois atenderá à grande demanda das instituições não públicas, além de reduzir a inadimplência, aposta Jorge Guimarães, presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior), órgão ligado ao MEC. 


Reivindicação antiga, o programa terá regras iguais às da graduação, com financiamento parcial e integral e início do pagamento do empréstimo um ano e meio após a formatura. O crédito valerá para cursos avaliados pela Capes, como mestrados e doutorados, e não inclui especializações ou MBAs (Master Business in Administration).

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Embora a lei já previsse Fies na pós, isso não ocorreu na prática. Desde 2010, quando o Fies mudou regras de contratação e baixou os juros, são mais de 1,5 milhão de financiamentos.

Alunos de faculdades particulares já têm direito às bolsas da Capes, hoje de R$ 1,5 mil no mestrado e R$ 2,2 mil no doutorado.


Críticas

Uma das principais críticas ao Fies é a baixa qualidade de parte dos cursos financiados. Para Guimarães, o risco é menor na pós.

— A garantia é a avaliação da Capes, que é reconhecida e existe desde 1974. Na graduação, o processo avaliativo é recente e mais difícil, explica. 

Poderão participar mestrados e doutorados com nota igual ou superior a 3 (o máximo é 7).

Segundo a presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Tamara Naiz, a diversidade de mestrandos e doutorandos crescerá no País, com alunos mais velhos e que trabalham.

— Mas a prioridade é expandir pela via pública, com universalização de bolsas, diz. O MEC já sinalizou que pretende estender o Fies ao ensino a distância, mas ainda não há previsão para a inclusão.

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