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Educação

Qualidade da educação melhora no ensino fundamental, mas cai no ensino médio em 16 Estados  

Notas da Educação Básica foram divulgadas nesta sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação 

Educação|Do R7 com Agência Estado

O Ideb é divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) a cada dois anos
O Ideb é divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) a cada dois anos

A nota que mede a qualidade do ensino no Brasil subiu do 1º ao 5º anos (antigas 1ª a 4ª séries) do ensino fundamental da rede pública. O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) aumentou de 5 pontos em 2011 para 5,2 em 2013, superando a meta do governo que era chegar em 4,9.

Já na etapa de 6º ao 9º anos (antigas 5ª a 8ª séries) a média subiu de 4,1 para 4,2 pontos, mas ficou abaixo da projeção do Ministério da Educação que era de 4,4. Já no ensino médio público, a nota nacional se manteve em 3,7 pontos entre 2011 e 2013, mas também abaixo da meta que era chegar a 3,9. Além disso, em 16 estados a nota ficou abaixo da média do País. 

Ideb: nota boa do 1º ao 5 º anos vai gerar onda de qualidade do ensino, acredita ministro da educação

O Ideb é divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) a cada dois anos. Ele é a principal medida da qualidade do ensino no País e é calculado a partir do desempenho dos estudantes brasileiros na Prova Brasil e no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) que medem os conhecimentos em português e matemática e nas taxas de aprovação verificadas pelo Censo Escolar. A escala do Ideb vai de zero a dez pontos e o governo considera que seis é a nota que seria equivalente à qualidade de ensino dos países desenvolvidos. 


Durante coletiva organizada para comentar os resultados do índice de 2013, o ministro da Educação, José Henrique Paim, lembrou dos esforços feitos pelo governo para melhorar o funcionamento da educação no País.

— Nós tivemos aumento investimento na educação, a criação de programas de assistências, como o de alimentação escolar, livros didáticos, transporte escolar. Tivemos também o financiamento para a criação do Fundeb. Isso foi fundamental. Mas nós precisamos também avançar em relação a valorização do professor, em relação a formação dos professores. 


O ministro se mostrou otimista ao dizer que "o resultado dos ano iniciais vai ajudar a melhorar a qualidade nos anos finais do fundamental e do ensino médio como uma onda. O que nós estamos vendo é que essa onda não tem um grau de intensidade tão forte quanto nós imaginávamos que teria". 

Goiás é o melhor Estado no ensino médio 


Goiás foi a rede com maior nota no ensino médio: 3.8 pontos, com melhora de 0,2 pontos em relação à edição anterior. São Paulo aparece em segundo lugar, com 3,7 pontos, mas houve piora em relação a 2011 - quando a nota foi de 3,9. Além da rede paulista, pioraram Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.

Entre os que melhoraram, além de Goiás, estão Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Paraíba. Dois Estados ficaram estagnados - Acre e Alagoas (3,3 e 2,6 pontos, respectivamente).

Para a consultora e mestre em educação pela PUC-RJ, Ilona Becskeházy, apesar de São Paulo ter caído 0,2 pontos no ensino médio, trata-se da melhor rede estadual em seu conjunto.

— Tem a melhor matrícula líquida (93,7 em 2012) no ensino fundamental e no ensino médio é a mais alta do Brasil (69.6). A rede coloca todos para dentro.

Segundo a especialista, isto se deveu à política de correção de fluxo que ocorre desde 1996 e resulta em menor distorção idade-série em todas as séries. "Melhor do que quem tem média maior e não fez nada disso".

Já Paim reforçou que nos anos finais do ensino fundamental e médio, o Brasil registra um número maior de professores, escolas maiores, que demanda uma maior sofisticação na gestão da educação nessas etapas. Ele reconheceu, porém, que quanto ao ensino médio, o governo vem discutindo medidas para aprimorar essa etapa. 

— É necessário trabalhar ampliar a flexibilidade do currículo. No ensino médio, temos uma situação em que a maioria dos educadores sabe que é necessário rever essa etapa. O esforço que fizemos em relação a esta etapa é mais recente do que o que fizemos em relação aos anos iniciais.

Na rede privada, a nota do ensino médio caiu de 5,7 para 5,4, mas ao contrário da rede pública, apenas uma amostra das escolas particulares participa da medição do Ideb.

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