O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, publicou um texto onde expõe as justificativas que levaram a construção do aeroporto de Cláudio em Minas Gerais, quando era governador do Estado. No texto "A verdade sobre o aeroporto", publicado na página de opinião da edição desta quinta-feira (31) do jornal Folha de S.Paulo, Aécio listou as críticas que vem sofrendo por ter feito o aeroporto em terras que pertencem a um parente e procurou justifica cada uma delas.
"A pista de pouso em Cláudio existe há 30 anos e vem sendo usada por moradores e empresários da região. Com as obras, o governo de Minas Gerais transformou uma pista precária em um aeródromo público. Para uso de todos", escreve o presidenciável. Segundo ele, o Ministério Público atestou que não há qualquer irregularidade na obra.
O tucano afirma ter pousado no local "umas poucas vezes" após ter deixado o governo do Estado. Ele diz que "não ter buscado a informação sobre o estágio do processo de homologação do aeródromo foi um equívoco". A pista ainda não tem autorização para pousos e decolagens, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Em outro trecho do texto, Aécio relata que também usou a pista em outros momentos de sua vida, desde antes de ela ter sido adquirida do antigo proprietário, o tio-avô Múcio Tolentino, para se tornar um aeródromo público. Em um dos trechos, o candidato tucano diz que errou ao gerir de maneira regional a questão do aeroporto.
"No caso de Cláudio, cometi o erro de ver a obra com os olhos da comunidade local e não da forma como a sociedade a veria a distância", escreveu.
Leia mais notícias de Eleições no R7
Sobre as acusações de construção do aeroporto de Montezuma, que fica nas proximidades da fazenda herdada por Aécio e a irmã após a morte do pai deles, o presidenciável deu explicações sobre o que aconteceu. "A pista, municipal, existe desde a década de 1980 e recebeu em nosso governo obras de melhoria de R$ 300 mil, inseridas em um contexto de ações para a região. Pelo que me lembro, pousei lá uma vez.", diz.
O político era colunista regular da Folha de S.Paulo às segundas-feiras, mas, devido à legislação eleitoral, não pode mais assinar a coluna, a não ser na seção de opinião, como o que ocorreu na edição de hoje.