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"Atraso na política leva à acumulação de riquezas", diz Marina Silva

Candidata comentou dados do IBGE que mostram estagnação da desigualdade social no País

Eleições 2014|Diego Junqueira, do R7

Marina participou de comício no centro de São Bernardo do Campo
Marina participou de comício no centro de São Bernardo do Campo Marina participou de comício no centro de São Bernardo do Campo

“Voltamos a um processo de acumulação de riquezas, da renda, onde os 10% mais ricos estão ficando mais ricos e os 10% mais pobres estão ficando mais pobres”. Foi dessa forma que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, criticou, nesta sexta-feira (19), os dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento mostrou uma paralisação na contínua queda da desigualdade social no Brasil.

“Estamos retrocedendo até naquilo que avançamos”, afirmou Marina em coletiva de imprensa na manhã de hoje, falando de um lugar escolhido a dedo para lançar suas críticas: São Bernardo do Campo (SP), berço do PT e das lutas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— Nesse espaço em que os trabalhadores lutaram por conquistas, nós fizemos questão [de vir aqui] para dizer que o atraso na política, de fato, está levando ao retrocesso até naquilo que já conquistamos. A verdade é que até a renda voltou a se concentrar para os mais ricos, em prejuízo dos mais pobres.

Segundo os números da PNAD, o chamado Índice Gini, que varia de 0 a 1, piorou de 0,496, em 2012, para a 0,498, em 2013. Foi o primeiro resultado negativo desde 2001. O Gini é usado no mundo todo para medir a desigualdade e aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.

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A presidenciável afirmou que seu programa de governo vai avançar as políticas sociais que “ajudaram na desconcentração de renda”.

— A reconcentração de renda ameaça as conquistas recentes.

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Para a candidata do PSB, que militou no PT por quase 30 anos, votar na presidente Dilma Rousseff nestas eleições representaria "ficar no mesmo lugar" e "ameaçar as conquistas sociais".

— E voltar para trás, com o PSDB, é igualmente o mesmo temor.

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Queda nas pesquisas

Marina Silva fez poucos comentários sobre pesquisa Datafolha divulgada hoje, que mostra uma ampliação da vantagem de Dilma no primeiro turno e uma queda na vantagem de Marina no segundo turno.

— Não estou preocupada [com as pesquisas]. Estamos dando uma contribuição cidadã para a política.

A pessebista afirmou estar "tranquila" e disse que é a presidente quem deve explicações, citando as suspeitas de corrupção na Petrobras.

— Vou continuar falando a verdade e as nossas propostas. Não vamos usar o espaço da democracia conquistada para falar mentiras e boatos. Não vamos fazer de tudo para ganhar a eleição.

Questionada sobre um possível apoio do PSDB no segundo turno, a ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que “segundo turno a gente discute no segundo turno”.

Após a coletiva, Marina participou de um comício na Praça da Matriz, que estava ocupada parcialmente por cerca de 150 pessoas. Ela estava acompanhada do candidato a vice, Beto Albuquerque, e de sua coordenadora de campanha, a deputada Luiza Erundina (PSB).

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