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Da urna à apuração final: entenda o caminho dos votos

Sistema eletrônico usa memórias removíveis, recibos impressos e rede privada contra hackers

Eleições 2014|Do R7 com Agência Brasil

Um complexo sistema de transmissão de dados terá início a partir das 17 horas deste domingo (26), quando a maioria das seções eleitorais encerrarem as votações em todo o País. Cada posto eleitoral enviará os resultados ao TSE e aos respectivos tribunais reginais por meio de um sofisticado e rígido programa de segurança que usa, além dos dados eletrônicos, memórias removíveis e recibos impressos para garantir a proteção contra fraudes.

Conforme publicou a Agência Brasil, o primeiro passo, depois do voto do último eleitor, é a inserção da senha que encerra os trabalhos da urna eletrônica. Esta operação é feita apenas pelo mesário que preside a seção. Em seguida, imprime-se o Boletim de Urna (BU), comprovante que informa o resultado daquela seção e pode ser usado para eventual verificação da contagem.

Segundo Ricardo Negrão, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, as urnas emitem obrigatoriamente cinco BUs, mas podem liberar mais cinco opcionalmente, caso necessário.

— Uma via fica afixada na porta da seção, outras são entregues aos fiscais de partido que solicitarem e outra é encaminhada ao TRE. Qualquer pessoa que tenha dúvida posteriormente quanto ao resultado de uma seção pode checar o boletim no site do TRE e conferir com esses outros comprovantes que foram impressos no dia.

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Pendrive e rede privada contra hackers

Logo após emitir os BUs, os mesários gravam todos os dados em pendrives que já vêm acoplados às urnas e são chamados de "Memória de Resultado". Estes é encaminhados ao "Ponto de Transmissão", que funciona a partir de uma VPN (sigla em inglês de "Rede Privada Virtual"). De lá, as informações são transmitidas para os datacenters dos 27 TREs — as urnas são lacradas e trabalham "offline" o tempo inteiro para evitar ataques de hackers.

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O nível de segurança das urnas é tão grande que, segundo Ricardo Negrão, ainda que um hacker invadisse a VPN, não haveria tempo hábil para alterar dados e enviá-los sem que o TSE notasse a fraude. Neste caso, há também os filtros de checagem, que incluí a assinatura digital de cada urna e a criptografia — semelhante à utilizada por bancos. Sendo assim, um hacker precisaria de uma superestrutura e, mesmo assim, o TSE decobriria a fraude.

Após a transmissão, os TREs verificam cinco itens de segurança, para garantir que não houve fraude. É verificado se o número da seção confere com o interno da urna eletrônica e se o BU confere com a assinatura do aparelho. Só depois começa a contagem dos votos. Nas regiões de difícil acesso, onde não há infraestrutura, são usadas estações de transmissão por satélite (SMSAT) — existem atualmente 1,5 mil localidades isoladas no País.

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Computados os votos, o Tribunal Superior Eleitoral é o responsável por divulgar os dados parciais e o resultado final do pleito. Por causa do horário de verão, neste segundo turno os votos da disputa presidencial só começarão a ser revelados a partir das 20 horas (de Brasília) — quando se encerrará a votação no Acre. No entanto, o primeiro boletim já deve sair adiantado, uma vez que a apuração em muitos estados estará encerrada ou perto do fim.

No primeiro turno, o resultado parcial da eleição presidencial foi divulgado às 19h56, com 91% das urnas apuradas.

Acompanhe aqui os resultados das Eleições 2014

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