Em fevereiro deste ano, Alexandre Padilha, ministro da Saúde, Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, e Gleisi Hoffmann, ministra chefe da Casa Civil, abandonaram seus cargos para começar os preparativos para a campanha eleitoral.
Com o objetivo de conquistar espaço para o PT nos Estados governados por adversários, os ex-ministros entram na disputa com a ambição de comandar São Paulo, Minas Gerais e Paraná. As eleições que aconteceram ontem, dia 5 de outubro, mostram que a tentativa fracassou.
Fernando Pimentel foi eleito como governador de Minas Gerais com 53,98% dos votos válidos, deixando para trás Pimenta da Veiga (PSDB) e Tarcisio Delgado (PSB). Apesar do apoio de Lula e Dilma e das convocatórias que foram feitas à militância petista, faltou força para alavancar a candidatura de Padilha e Gleisi, que conseguiram apenas o terceiro lugar na corrida eleitoral.
São Paulo
Geraldo Alckmin (PSDB) se reelegeu no primeiro turno em São Paulo e tirou da disputa Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). A última pesquisa Ibope, divulgada no sábado (4), indicava que o tucano venceria, enquanto o petista aparecia com 11% das intenções de voto. A apuração das urnas mostram Alckmin com 57,32%, Skaf com 21,53% e Padilha com 18,22%. Mesmo com a derrota, os números mostram uma alavancada do petista.
Paraná
Os tucanos venceram também no Paraná, massacrando a candidatura de Gleisi. Beto Richa (PSDB) foi reeleito com 55,67% dos votos, enquanto Requião (PMDB) ficou em segundo com 27,56%. A petista ficou com o terceiro lugar com 14,87% dos votos válidos e confirmou o fracasso da estratégia do partido.
O cenário também era previsto com base nas pesquisas de intenção de voto. No Ibope do sábado (4), Gleisi apareceu com 11%, contra 29% do peemedebista e 46% do tucano.