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Eleições 2014

Para plateia de empresários, Campos promete não aumentar carga tributária

Candidato pelo PSB à Presidência disse que, se eleito, fará reforma tributária assim que assumir

Eleições 2014|Fernanda Domingues, do R7, em Brasília

"Presidencialismo de coalizão só levará o Brasil para trás", disse
"Presidencialismo de coalizão só levará o Brasil para trás", disse

Primeiro sabatinado desta quarta-feira (30) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília, o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) disse que, se eleito, será o primeiro presidente do período democrático a não aumentar a carga tributária.

Acompanhado de sua vice, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, Campos afirmou ainda que, assim que assumir a Presidência, apresentará um projeto de reforma tributária.

— Ela [a reforma tributária] entrará em vigor em alguns aspectos imediatamente e, em outros, de forma negociada. Precisamos ter esse compromisso senão a reforma nunca vem. A ausência da reforma mata o empreendedor e a indústria.

Durante os 30 minutos de exposição na presença de empresários de todo o País, Campos também fez duras críticas à gestão Dilma Rousseff, candidata à reeleição, principalmente nas áreas econômica e social. Uma das maiores críticas do socialista diz respeito ao presidencialismo de coalizão, em que o Executivo governa com base nos interesses e acordos com sua maioria no Congresso.


— Precisamos de uma governança que não esteja atrasada, com a cabeça no século 19. A solução [para o Brasil], antes de ser na área econômica, tem que ser na política. O presidencialismo de coalizão só levará o Brasil para trás. Temos que unir o Brasil em torno de uma nova visão de desenvolvimento e governança. A produtividade do setor público do Brasil é baixíssima, e ela não vai avançar distribuindo ministérios a uma porção de partidos políticos e aparelhando agências reguladoras.

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Economia


Em relação à gestão econômica, Campos criticou a atual falta de competitividade do País no cenário internacional e ressaltou que o Brasil não pode tratar com diferença nenhum parceiro econômico.

— Precisamos passar segurança para o mundo. Segurança aos que querem investir. E precisamos de uma governança macroeconômica. O Brasil perdeu crédito no mundo nos últimos anos. Tem dinheiro para muita coisa, mas não tem para outras coisas que são fundamentais para o desenvolvimento do `País. A produtividade entra no centro do pensamento de um governo, está na lógica da administração pública, ou então passa a ser programa setorial e, como tal, não tem êxito.

Ainda sobre o desenvolvimento econômico, Campos afirmou que o Brasil precisa de uma política exterior que não esteja vinculada a um partido político, mas que pertença ao Estado. Para o candidato do PSB, o País precisa investir em suas relações econômicas internacionais como caminho para impulsionar a produtividade brasileira.

— Não podemos ter preconceito de nenhuma ordem no mercado global. Precisamos destravar o Mercosul. O Brasil pode ficar com o comércio exterior limitado se não tomar essa iniciativa fundamental para a retomada da indústria.

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Educação

Campos também defendeu a educação em tempo integral no Brasil. Para ele, é preciso acabar com esse “apartheid da escola de rico e da escola do pobre” e ter a consciência de que educação é uma das principais chaves para o crescimento de um País.

— Temos que acabar com o apartheid que há hoje, da escola do rico e da escola do pobre. Enquanto for assim, não teremos o crescimento no País. Escola em tempo integral é a prova de que há dinheiro, mas falta decisão política de fazer. Valorizar a escola como lugar e espaço no Brasil vai decidir seu futuro.

Eduardo Campos foi o primeiro sabatinado pela CNI no evento “Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República”. Ainda nesta quarta-feira (30), serão sabatinados os candidatos Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma (PT). A Confederação Nacional da Indústria apresentou aos candidatos 42 estudos com sugestões em dez áreas decisivas para promover a competitividade no país, como educação, segurança, infraestrutura, macroeconomia, segurança jurídica e burocracia.

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