O PMDB confirmou, nesta terça-feira (10), o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e a coligação com o PT. Com 59% dos votos dos correligionários, a Convenção nacional do partido aprovou a candidatura de Michel Temer como vice-presidente na chapa de Dilma.
No entanto, mesmo reafirmando a coligação, os peemedebistas deixaram claro que discordam de alguns pontos da bandeira petistas. Entre as divergências, está a proposta de regulação da mídia e a reforma política por meio de plebiscito.
A insatisfação ficou clara nas urnas. Das 673 pessoas que votaram na convenção nacional, 275 preferiam que o PMDB se descolasse do PT nas eleições de outubro - o equivalente a 40% dos votos válidos.
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o apoio do partido ao PT não é irrestrito e que há correntes na legenda que discordam da coligação. Segundo ele, a aprovação do nome de Temer para vice-presidência na campanha de Dilma indica apenas o entendimento da maioria.
— O apoio partidário não significa, necessariamente, que você terá em todos os locais e no partido inteiro. Mas, pelo menos a convenção decidindo, vai ser o indicativo do que o partido fará em sua maioria.
Cunha disse ainda que é contra a regulação da mídia e criticou o decreto, assinado pelo presidente Dilma Rousseff, que cria estrutura para conselhos populares na administração pública.
A medida faz parte da Política Nacional de Participação Social e vem recebendo várias críticas da oposição. Para o líder peemedebista na Câmara, o mais importante da coligação PT-PMDB é o tempo de televisão.
— De uma certa forma, o tempo de televisão vai ser agregado, que é o mais importante no momento de uma campanha eleitoral.