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Programa de governo de Aécio terá proposta de privatização de presídios federais

Tucano pretende aplicar iniciativa do governo de Minas Gerais em todo o sistema prisional

Eleições 2014|Filippo Cecilio, do R7

Coordenador de programa de Aécio, Wilson Brumer avisa que tucano deverá apostar nas PPPs para "modernizar os presídios" do País
Coordenador de programa de Aécio, Wilson Brumer avisa que tucano deverá apostar nas PPPs para "modernizar os presídios" do País Coordenador de programa de Aécio, Wilson Brumer avisa que tucano deverá apostar nas PPPs para "modernizar os presídios" do País

O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, “certamente incluirá” em seu programa de governo a meta de privatização dos presídios federais no Brasil. Quem revelou a iniciativa foi o ex-presidente da Vale e da Usiminas Wilson Brumer, um dos coordenadores da formulação do programa tucano.

— Vemos a situação dos presídios, tudo caindo aos pedaços, as rebeliões acontecendo. Há formas de modernizar os presídios. E as PPPs [parcerias público privadas] são uma forma inteligente de fazer isso.

Seguindo a legislação eleitoral, os candidatos entregaram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apenas as diretrizes que nortearão seus planos de governo, e alguns deles firmaram compromisso público de apresentar material mais detalhado e, eventualmente alterado, posteriormente. Aécio estabeleceu o início de setembro como prazo para enviar sua parte à Justiça Eleitoral.

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Nesse material prévio, aparece de maneira breve menção de “apoio à PPP no setor prisional”, e a parte que trata de segurança pública traz apenas indicações genéricas, como a intenção de realizar uma “reforma da segurança pública, inclusive da legislação penal, com o propósito de erradicar a impunidade e aumentar os níveis de segurança no País”.

Consta no texto também a ideia de propor “um conjunto de medidas legislativas, sugeridas por grupos de juristas de excelência, visando à qualificação dos diversos projetos relativos à Lei Processual Penal e à Lei de Execução Penal, em tramitação no Congresso Nacional, para combater a impunidade”.

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Brumer explicou que a iniciativa vem da experiência do governo de Minas Gerais, que inaugurou no ano de 2013 o primeiro presídio privado do País, o CPPP (Complexo Penitenciário Público Privado), que fica em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.

Ele garante que a medida não pretende tirar o poder de polícia do Estado, mas apenas agilizar a parte de “serviços”.

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— Não estamos falando de abrir mão da política de segurança pública. Esse sim é um papel do Estado brasileiro. Mas, a meu ver, a parte de hospedaria e hoteleira dos presídios é uma coisa que naturalmente pode ser feita pelo setor privado. Isso é aplicado em várias partes do mundo.

O presídio mineiro opera atualmente com duas unidades prisionais e abriga 1.343 detentos. Quando estiver totalmente pronto, serão cinco unidades prisionais. A previsão é de que as outras três sejam inauguradas até o fim de 2014, aumentando a capacidade do complexo para 3.360 presos.

Nessa penitenciária, o governo gasta R$ 2.700 por mês com cada preso, incluindo as despesas com a construção das unidades. Nas cadeias públicas de Minas Gerais, o gasto varia entre R$ 1.500 e R$ 2.000 por detento.

Brumer não detalhou, contudo, que tipo de presos poderiam ser recebidos nesses presídios, nem o custo estimado por cada detento e nem a forma de administração dos locais.

Na experiência mineira, os atendimentos médicos, odontológicos e jurídicos são de responsabilidade da empresa contratada. A alimentação e o uniforme dos presos também ficam a cargo do sistema particular.

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