Morte de Eduardo Campos não deve mudar intenções de voto
Aluisio Moreira/24.mar.2014/SEIApós a tragédia envolvendo a morte do candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), a maioria dos eleitores deve manter os votos em seus candidatos, segundo especialistas ouvidos pelo R7.
Isso é o que afirma o professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) e PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) Francisco Fonseca. Para ele, a comoção com a morte de Campos será apenas “momentânea”.
— Se as eleições fossem neste domingo eu diria que os votos poderiam mudar, mas tem muita água para correr debaixo dessa ponte.
Para ele, como ainda faltam dois meses para o pleito, a questão sentimental terá passado e, portanto, não terá impacto na votação.
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Já para o cientista político Christopher Garman, diretor do grupo Eurasia, o abalo emocional no cenário político é inevitável. E este abalo pode levar a candidata à vice na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, ter reação de superação e surpreender “em nome de continuar um projeto”. Esta mudança poderia impactar na preferência do eleitorado.
— É importante ficar de olho na reação do eleitorado com essa tragédia. O cenário mudou.
Para o professor de ciência política da UnB (Universidade de Brasília) Antônio Flávio Testa, no entanto, caso Marina continue na disputa como candidata à Presidência no lugar de Campos, ela teria o mesmo número de votos do ex-governador de Pernambuco e, por isso, não seria uma grande ameaça para os outros dois candidatos mais bem colocados.
— Eduardo estava em terceiro lugar. Tinha possibilidade de crescimento, mas, na verdade, quem estava comandando o jogo era Dilma e Aécio. Dificilmente ele [Eduardo Campos] chegaria ao segundo turno.