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Manifestantes mantêm 86 bloqueios totais ou parciais em 11 estados, diz PRF

Interdições continuam depois da mensagem divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro em que ele pede o fim das obstruções

Eleições 2022|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Manifestantes queimam pneus para protestar contra resultado da eleição
Manifestantes queimam pneus para protestar contra resultado da eleição Manifestantes queimam pneus para protestar contra resultado da eleição

Manifestantes que não aceitam o resultado das eleições presidenciais continuam interditando ao menos 86 trechos de rodovias em 11 estados na madrugada desta quinta-feira (3), segundo o último levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado às 6h17. São 73 interdições parciais e 13 bloqueios totais. As obstruções permanecem depois da mensagem divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro, em que ele faz um apelo aos manifestantes pela desobstrução das rodovias.

"Eu quero fazer apelo: desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa legitimidade. Outras manifestações que estão fazendo pelo Brasil todo, em praças, fazem parte do jogo democrático, fiquem à vontade. E eu deixo claro: estão se manifestando espontaneamente", afirmou Bolsonaro.

"Desobstruam as rodovias, protestem de outra forma e em outros locais, que isso é muito bem-vindo e faz parte da nossa democracia. Por favor, não pensem mal de mim. Eu quero o bem de vocês", continuou.

Os estados com mais pontos interditados são Mato Grosso, com 27 interdições, e Santa Catarina, com 17. Protestos também são registrados em estradas nos seguintes estados: Acre (2), Amazonas (1), Espírito Santo (1), Goiás (1), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (1), Pará (10), Paraná (1), Rio Grande do Sul (3) e Rondônia (9).

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As manifestações que trancam rodovias começaram ainda na noite de domingo (30), pouco depois da divulgação do resultado das eleições, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), quando grupos de apoiadores do atual presidente ocuparam rodovias no Sul e no Centro-Oeste do país.

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Na segunda-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a "imediata desobstrução" de rodovias do país bloqueadas por caminhoneiros. Na decisão, o magistrado também ordenou a o afastamento e a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em caso de descumprimento.

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Na decisão, Moraes exigiu que a Polícia Rodoviária Federal e as respectivas Polícias Militares estaduais adotem "todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do Poder Executivo Federal e dos Poderes Executivos Estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido".

Na terça-feira (1º), os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) referendaram por unanimidade a decisão. Todos concordaram com a liminar do relator, ministro Alexandre de Moraes, que acatou os argumentos da autora da ação, a Confederação Nacional do Transporte (CNT). 

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Multas

Em caso de descumprimento, além de ordenar o afastamento e a prisão de Silvinei Vasques, o magistrado determina uma multa "de caráter pessoal" de R$ 100 mil "a contar da meia-noite do dia 1º de novembro de 2022 [esta terça-feira]".

Moraes também estabelece punição no mesmo valor para caminhoneiros que forem identificados pela PRF e pelas Polícias Militares fazendo "bloqueios, obstruções e/ou interrupções" nas rodovias.

"Determino, por fim, que sejam intimados o ministro da Justiça, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, todos os comandantes-gerais das Polícias Militares estaduais, bem como o procurador-geral da República e os respectivos procuradores-gerais de Justiça de todos os estados para que tomem as providências que entenderem cabíveis, inclusive a responsabilização das autoridades omissas", conclui Moraes na decisão.

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