Ataque suicida no Paquistão deixa 48 mortos e 50 feridos na fronteira com a Índia
Região da Caxemira vive um intenso conflito há muitos anos
Internacional|Do R7
Pelo menos 48 pessoas morreram, sendo 45 civis e três militares, e 50 ficaram feridas em um ataque suicida neste domingo (2) em um posto na fronteira do Paquistão com a Índia, informou à Agência Efe uma fonte oficial.
O ataque ocorreu às 18h15 no horário local (11h15 em Brasília), na passagem fronteira paquistanesa de Wagah, pouco depois do fim da cerimônia de recolhimento de bandeira, ato que os dois países realizam há décadas e muito popular entre os turistas, disse o porta-voz da polícia, Bilal Lal.
O suicida, que tem entre 18 e 22 anos, detonou os explosivos que levava entre o público, que se dirigia ao estacionamento ao fim a cerimônia, explicou Lal.
Ele afirmou que é provável que aumente o número de mortos, por conta da gravidade de vários feridos, que foram transferidos para o Hospital Ghurki.
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As televisões locais mostraram imagens de lojas e edifícios destruídos pela explosão. Na passagem de fronteira de Wagah, próximo à cidade paquistanesa de Lahore, e Amritsar, na Índia, ocorre diariamente uma cerimônia militar que lembra a rivalidade entre ambos os países e atraí a atenção de turistas locais e estrangeiros.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, prestou condolências aos familiares das vítimas, de acordo com "Radio Pakistan".
O Paquistão sofre com a insurgência proporcionada pelos talibãs e terroristas que causou no ano passado a morte de 2.500 pessoas em 1.700 ataques.
O exército paquistanês começou em 15 de junho uma ofensiva militar na região tribal do Waziristão do Norte, onde desdobrou 30 mil soldados para tentar acabar com os grupos insurgentes que se escondem na região. Nessa operação morreram 1.100 rebeldes e 90 soldados.