Brasil deverá ter neste fim de semana seu primeiro cidadão executado no exterior
Marco Arche foi condenado à pena de morte na Indonésia, por tráfico de drogas
Internacional|Do R7
O brasileiro Marco Archer Cardoso, de 53 anos, deverá ser executado às 15h deste sábado (17), madrugada no horário local da Indonésia, após o governo local ter rejeitado pedido da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para reverter a pena.
Será a primeira vez na história que um brasileiro é executado por um governo do Exterior.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, negou apelo da presidente Dilma, feito por telefone, para que Archer e Rodrigo Gularte, outro brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas, não fossem executados.
Até a manhã deste sábado (17), o horário da execução não havia sido informado pelas autoridades locais. O fuso-horário de Jacarta, capital do país, está nove horas adiantado em relação ao horário de Brasília.
Instrutor de voo livre, Archer foi preso em 2003, quando tentou entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta.
O brasileiro foi condenado em 2004 e, desde então, foram inúmeras as tentativas de reverter a pena. Muitas delas vieram do governo brasileiro que, desde a condenação, tenta em vão evitar a execução dos dois brasileiros. Foram enviadas seis cartas, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
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A execução de Rodrigo Gularte está prevista para acontecer em fevereiro próximo. O Itamaraty também fez um pedido de extradição dos brasileiros que, até este sábado (17), ainda não havia sido analisado pelo governo indonésio.
Além de Archer, nascido no Rio de Janeiro, serão executadas mais cinco pessoas, de outras nacionalidades. A execução será por fuzilamento. A Anistia Internacional e Human Rights Watch, organizações não governamentais (ONG), também não tiveram sucesso ao interceder em favor dos brasileiros. A Humans Rights Watch anunciou que a decisão da Justiça da Indonésia tinha caráter irrevogável.
— O governo indonésio está preparando um pelotão de fuzilamento para executar Moreira e cinco outros prisoneiros condenados à morte por tráfico de droga.
Em Jacarta, o Itamaraty colocou à disposição de uma tia de Archer, que seria a parente mais próxima do brasileiro, um agente da embaixada brasileira para acompanhá-la pela cidade, onde ela se encontrará pela última vez com o sobrinho.