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Brasil manterá embaixada no Egito em funcionamento, diz porta-voz

Itamaraty diz que não há brasileiros entre as vítimas dos combates desta semana

Internacional|Da Agência Brasil

Egípcios mortos nos confrontos de hoje foram levados para mesquita no Cairo
Egípcios mortos nos confrontos de hoje foram levados para mesquita no Cairo Egípcios mortos nos confrontos de hoje foram levados para mesquita no Cairo

O governo do Brasil decidiu manter a embaixada brasileira no Egito em funcionamento com a presença do embaixador Marco Antonio Diniz Brandão e sua equipe. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), Tovar da Silva Nunes, disse nesta sexta-feira (16) que, por enquanto, o governo brasileiro não pretende convocar o embaixador do Egito em Brasília, Hossam Edlin Mohamed Ibrahim Zaki, para prestar esclarecimentos, diferentemente do que fizeram vários países europeus.

Na quinta-feira (15), vários governos da Europa, e também o Equador convocaram embaixadores para pedir informações sobre a série de violência no Egito.

Tovar disse ainda que o embaixador brasileiro no país faz relatos frequentes da situação, daí a importância de sua permanência. Segundo ele, o agravamento da crise, acentuada pela morte de cerca de 600 pessoas durante confrontos entre manifestantes e policiais, é acompanhado com atenção pelas autoridades do Brasil.

“Acompanhamos com preocupação o que ocorre no Egito e aguardamos também a avaliação da comunidade internacional, como houve ontem [15] com o Conselho de Segurança [das Nações Unidas], que pediu o fim da violência e a máxima contenção”, ressaltou Tovar à Agência Brasil.

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Fotos: protestos islamitas se espalham pelo mundo árabe

Governo interino elogia massacre policial

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Cristãos relatam violência e perseguição

Simpatizantes do presidente deposto Mohamed Mursi convocaram para hoje mais um dia de manifestações, denominado "sexta-feira da raiva".

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O chamado da Irmandade Muçulmana levou as forças de segurança a uma operação especial para proteger locais importantes da capital, Cairo, e de outras cidades, como Alexandria.

Com os manifestantes e os agentes nas ruas, novos confrontos foram registrados em várias localidades, deixando mais de 40 mortes — o número ainda é incerto e deve aumentar nas próximas horas.

A mais recente crise no Egito se iniciou em 3 de julho, quando o islamita Mursi foi destituído por um golpe militar, após gigantescas manifestações contra seu governo. Desde então, vários protestos foram organizados pelos islamitas para exigir a volta do presidente, que segue detido pelo Exército.

Na quarta-feira (14), forças de segurança agiram com violência quando desmantelavam dois acampamentos tomados pelos apoiadores de Mursi. Centenas de islamitas morreram. O confronto na capital atiçou os ânimos em outras partes do país e espalhou os embates.

O risco de um conflito armado não pode ser descartado. O movimento Tamarrod, que organizou as gigantescas manifestações que provocaram a destituição de Mursi, pediu aos egípcios que criem "comitês populares" para defender o país contra o que chama de "terrorismo" da Irmandade Muçulmana.

As autoridades decretaram ainda estado de emergência por um mês e estabeleceram um toque de recolher no país entre 19h (14h de Brasília) e 6h (1h).

O Brasil e representantes de vários países condenaram a violência no Egito. Para algumas autoridades, as forças policiais promoveram um grande massacre. No balanço oficial, entre os mortos, há 43 policiais. Mas a maioria dos quase 600 mortos é formada por civis.

O Itamaraty diz que não há brasileiros entre as vítimas nem registros de incidentes. Ao mesmo tempo, a embaixada mantém o alerta e o funcionamento, em regime de plantão, para o atendimento aos brasileiros. Porém, são estudadas medidas adicionais, em caso de agravamento da situação no Egito. 

Ontem, a Embaixada do Brasil no Egito recomendou aos 140 brasileiros que vivem no país e também aos turistas que evitem transitar em áreas onde há riscos de protestos. “Em razão do ambiente de instabilidade política que se vivencia no Egito, a Embaixada do Brasil recomenda à comunidade brasileira e aos turistas que visitam o país evitar transitar em áreas da capital e de outras cidades onde possam ocorrer manifestações públicas”, diz o texto.

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