Cidade italiana começa a enterrar vítimas de terremoto
Mais de 35 dos 231 mortos de Amatrice serão enterrados
Internacional|Ansa
A cidade italiana de Amatrice, uma das mais afetadas pelo terremoto que atingiu a região central da Itália no dia 24 de agosto, começará a fazer o funeral e enterrar seus mortos nesta terça-feira (30).
Após uma polêmica mudança do local do velório, que iria ser transferido para o aeroporto militar de Rieti, os moradores da pequena comuna italiana poderão velar seus entes queridos na cidade. Ainda não foi confirmado o número de vítimas que serão veladas hoje, mas ao menos 37 caixões devem estar na cerimônia presidida pelo bispo de Rieti, Domenico Pompili.
Outro ponto ainda em discussão é onde serão enterradas essas pessoas, já que o cemitério de Amatrice foi muito danificado, especialmente na sua "parte velha". O mais provável é que os mortos sejam enterrados em locais próximos à comuna.
Amatrice foi a cidade que mais registrou vítimas fatais do sismo, tendo contabilizado 231 dos 292 mortos. As outras mortes ocorreram nas comunas de Accumoli (11) e em Arquata e Pescara del Tronto (50). Até o momento, 2,9 mil pessoas estão desabrigadas nas regiões de Lazio e de Marcas, de acordo com dados da Defesa Civil.
Investigações
A queda de casas, escolas e prédios públicos está sob a mira das autoridades italianas, já que muitas delas passaram por reformas para evitar, justamente, a queda da estrutura em caso de abalo sísmico.
Em especial, os investigadores analisam a documentação da escola de Amatrice, restaurada em 2012, e a torre da igreja de Accumoli — que caiu matando uma família de quatro pessoas.
Todos os prédios das cidades atingidas serão analisados por técnicos e engenheiros que emitirão laudos sobre as estruturas com o objetivo de individualizar eventuais anomalias nas construções e restruturações.
Há a desconfiança entre a população de que as obras tiveram recursos desviados, sendo realizadas de maneira incorreta e sem a proteção adequada.
As comunas estão em uma área considerada de alto risco para terremotos e, após o sismo ocorrido em Áquila, em 2009, que fica a menos de 100 km das cidades afetadas desta vez, o governo exigiu mudanças nas obras.
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