Copiloto escondeu atestado médico de dispensa de trabalho, diz promotoria

A promotoria de Düsseldorf informou nesta sexta-feira (27) que o copiloto Andreas Lubitz, que derrubou deliberadamente o avião da Germanwings, tinha um atestado médico de dispensa de trabalho por doença que havia ocultado da companhia, assim como outros documentos que demonstravam que ele estava sob tratamento.

De acordo com os investigadores, o suposto atestado teria sido encontrado rasgado junto de outros documentos médicos. Não foi possível identificar exatamente qual era a doença do copiloto.

Copiloto da Germanwings passou 6 meses em tratamento psiquiátrico

Avião foi 'pulverizado' e resgate pode levar uma semana, dizem autoridades

Fontes da promotoria negou que tenha sido encontrada uma carta de despedida durante a revista realizada em sua casa.

Depressão

O jornal alemão Bild afirmou nesta sexta-feira que Andreas Lubitz recebeu tratamento psiquiátrico devido a "episódio depressivo sério" há seis anos.

Ainda de acordo com o Bild, Lubitz estaria em uma "crise de relacionamento" com sua namorada, semanas antes do acidente, e tentava lidar com um possível fim de namoro.

Procuradores franceses, após ouvirem a gravação de voz da caixa-preta, não apresentaram motivos para Andreas Lubitz, de 27 anos, ter assumido os controles do Airbus A320, trancado o capitão do lado de fora da cabine e provocado a descida da aeronave, na terça-feira.

Com base em fontes e documentos internos da Lufthansa, o Bild disse que Lubitz passou no total um ano e meio em tratamento psiquiátrico, e que documentos relevantes serão enviados aos investigadores franceses após serem examinados por autoridades alemãs.

Imagens mostram cenário de devastação em local de buscas pelo Airbus A320

O presidente-executivo da Lufthansa, controladora da Germanwings, Carsten Spohr, disse na quinta-feira (26) que Lubitz havia feito uma pausa durante seu treinamento há seis anos, mas não explicou o motivo e disse que ele tinha sido aprovado em todos os testes para voar.

Uma porta-voz da Lufthansa disse nesta sexta-feira que a empresa não vai comentar sobre o estado de saúde do piloto.

O voo 4U-9525 da Germanwings fazia o trajeto entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha) quando desapareceu nos Alpes franceses. Não houve sobreviventes.
Acompanhe a seguir a pesquisa com as empresas mais seguras do mundo para voar

Para os criadores, é necessário não entrar em afirmações preconceituosas e seguir os métodos dos livros de direito em que todos são inocentes até que provas sejam levantadas dentro de aspectos jurídicos

O voo - O vôo
9525 operado pela Germanwings,
decolou às 10:01 na terça-feira (24) de
Barcelona, Espanha, com destino a Dusseldorf, Alemanha. O avião tinha 144
passageiros e seis tripulantes.

De
acordo com investigadores franceses, o avião começou a descer a partir de uma altitude
de 38.000 pés em 10:31. Ele perdeu contato com os radares a uma altitude de
6.175 pés às 10h40

A aeronave caiu em uma área remota perto de Digne-les-Bains, na região dos Alpes de Haute-Provence. Todos a bordo morreram

Depois de algumas investigações, o promotor de Marselha, Brice Robin, afirmou que o copiloto Andrea Lubitz não abriu a porta para o piloto, provocando deliberadamente a queda. Fica outra pergunta: Lubitz, que teve sua casa investigada depois da tragédia, realmente teve a intenção de derrubar o avião?

Os momentos finais - Controladores
do tráfego aéreo enviaram um pedido de
socorro após o contato por rádio ser perdido, mas a tripulação do avião não emitiu
nenhum pedido de socorro.

Um
dos pilotos estava trancado para fora da cabine, e é possível ouvi-lo tentando
derrubar a porta na gravação de áudio encontrada durante as investigações

Oficiais confirmaram que 50 conselheiros foram enviados à escola para ajudar as crianças, seus parentes e professores, que precisaram de apoio emocional

O local do acidente - O
avião caiu em uma parte pouco povoada
dos Alpes, em uma área bastante íngreme da montanha. Helicópteros
encontraram o avião em pedaços e restos humanos espalhados no meio dos
escombros

Um Airbus
320 da companhia Germanwings, braço da Lufthansa, caiu nos Alpes franceses
nesta terça-feira (24), matando 150 pessoas entre passageiros e tripulantes. O
voo saiu de Barcelona, na Espanha, e seguia para Dusseldorf, na Alemanha. As
investigações iniciais mostram que o copiloto teria derrubado a aeronave
deliberadamente

Velas são acesas em homenagem aos adolescentes mortos

Detalhes começaram a surgir sobre alguns dos passageiros do avião, mas as autoridades alertaram que ainda há um grau de incerteza neste momento sobre quem exatamente estava a bordo. Quem estava a bordo, e quais são as histórias dessas pessoas? Quais as chances de nem todas serem reconhecidas?

O avião - a aeronave era um bimotor Airbus A320, um dos modelos mais confiáveis do mundo, e, de acordo com informações do banco de dados de acidentes aéreos, só há registrados 55 incidentes envolvendo esse modelo

O A320 que caiu nos Alpes foi entregue à Lufthansa em 1991 e tinha cronometrado aproximadamente 58.300 horas de voo, ao longo de cerca de 47.600 voos, de acordo com o fabricante. Foi um problema técnico que resultou o acidente do avião ? Qual? Quais os responsáveis?

No aeroporto de Barcelona, agentes policiais espanhóis escoltam familiares dos que morreram na tragédia

Os dois dispositivos são peças cruciais para desvendar o que levou ao acidente, embora respostas conclusivas podem demorar a ser esclarecidas. Os investigadores costumam passar meses analisando informações dos gravadores.
O que o conteúdo dos dispositivos achados pode revelar sobre os acontecimentos a bordo ?

O voo 4U-9525 da Germanwings fazia o trajeto entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha) quando desapareceu nos Alpes franceses. Não houve sobreviventes. Acompanhe a seguir a pesquisa com as empresas mais seguras do mundo para voar

Copiloto escondeu atestado médico de dispensa de trabalho, diz promotoria

Foram encontrados também documentos que mostram que ele estava sob tratamento médico

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