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Crimeia é a partir desta terça-feira parte da Rússia, segundo o Kremlin

Putin afirmou que não aceitar região seria "traição" de Moscou

Internacional|Do R7, com agências internacionais

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira (18) com os novos líderes pró-russos da Crimeia um acordo sobre a incorporação desta península do sul da Ucrânia à Rússia com efeitos imediatos.

A assinatura aconteceu ao fim do discurso do presidente no Kremlin aos integrantes das duas câmaras do Parlamento, aos governadores e aos membros do governo russo, marcado pelo patriotismo e mensagem crítica ao Ocidente.

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"A República da Crimeia é considerada como incorporada à Federação Russa a partir da assinatura do acordo", afirmou pouco depois o Kremlin.

Apesar de o documento ter entrado imediatamente em vigor, os parlamentares russos deverão ratificar uma lei que inclua na Federação Russa duas novas entidades, a Crimeia e a cidade de Sebastopol, que tem um status particular. A data da ratificação, uma simples formalidade, não foi anunciada.


Traição

Pouco antes de assinar o acordo de anexação da região, Putin disse que Moscou não poderia deixar sem resposta o pedido de incorporação da Crimeia, pois isto "teria sido uma traição".


"Não podíamos deixar sem resposta o pedido da Crimeia e de seu povo. Não ajudar a Crimeia teria sido uma traição", afirmou o governante diante dos parlamentares russos. Putin negou, como já fez outras vezes desde o início da crise, que as tropas russas tenham ocupado a península da Crimeia, como denunciaram a Ucrânia e a comunidade internacional.

"As tropas russas sempre estiveram ali. O grupamento (da frota russa do Mar Negro, em Sebastopol) foi reforçado, mas nem sequer superamos o limite de nossas Forças Armadas na Crimeia", estipulada com a Ucrânia em 25 soldados, explicou Putin.

O chefe do Kremlin lembrou que embora o Senado russo tenha autorizado o envio de tropas à Ucrânia em caso de uma escalada da violência no país vizinho, o direito não foi exercido.

"Falam de intervenção russa na Crimeia, de uma agressão. É estranho escutar isso. Não lembro na história de nem um só caso no qual uma intervenção tenha sido realizada sem um só disparo e sem vítimas", argumentou.

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