O diretor da polícia da Colômbia, general Rodolfo Palomino, confirmou nesta sexta-feira (12) que o tenente-coronel da instituição Alfredo Ruiz Clavijo e o agente Juan David Marmolejo García foram mortos com tiros à queima-roupa por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"De acordo com um policial sobrevivente deste cruel e covarde atentado, o senhor tenente-coronel e o agente assassinado foram executados por tiros à queima-roupa", afirmou Palomino em declarações aos jornalistas em Bogotá.
O chefe policial compareceu diante da imprensa para esclarecer o ocorrido em uma estrada entre as localidades de Córdoba e Ipiales, do departamento de Nariño, próximo à fronteira com o Equador, onde a viatura policial na qual o tenente-coronel viajava foi atacada com explosivos nesta tarde.
No ataque, que a instituição atribui à frente 48 das Farc, foram assassinados o tenente-coronel, um agente e, segundo Palomino, um civil, "que trafegava por aquele setor em uma motocicleta".
A instituição detalhou em comunicado que Ruiz foi atacado quando retornava a Ipiales após participar de um conselho de segurança no município de Puerres.
Ruiz Clavijo tinha assumido o cargo há três anos e cinco meses, ressaltou a polícia, enquanto o agente Marmolejo García desenvolvia trabalhos de vigilância na corporação há dois anos e cinco meses.
A polícia colombiana informou que mandou um grupo especializado para investigar o ocorrido e que está, em coordenação com o Exército, em busca dos guerrilheiros da frente 48 das Farc.
As Farc mantêm desde 22 de maio, dia no qual suspenderam seu cessar-fogo unilateral e indefinido, que durou cinco meses, uma escalada de ataques contra a infraestrutura petrolífera e energética do país.
Na quinta, três agentes morreram em uma investida dos guerrilheiros contra um posto policial no departamento do Putumayo, no sul do país. As Farc suspenderam sua trégua um dia depois da morte de 27 guerrilheiros em um bombardeio da Força Aérea no departamento de Cauca, no sudoeste.
O Ministério da Defesa disse no Twitter, após saber do ocorrido, que "está demonstrada a vontade das Farc de causar danos aos colombianos".
A pasta também destacou que a guerrilha "demonstra que não tem vontade de paz, mas de guerra", em alusão ao processo de paz que os insurgentes e o governo colombiano mantêm em Havana desde novembro de 2012.