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FBI examina dados do simulador de voo de piloto da Malásia

Internacional|

Por Tim Hepher, A. Ananthalakshmi e Mark Hosenball

KUALA LUMPUR/WASHINGTON, 19 Mar (Reuters) - A polícia federal dos Estados Unidos (FBI) está ajudando autoridades da Malásia a analisar os dados de um simulador de voo pertencente ao comandante do avião desaparecido da companhia aérea malaia, disse uma autoridade norte-americano nesta quarta-feira, enquanto os investigadores continuam buscando pistas 12 dias depois que o avião sumiu.

O chefe da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, disse que um exame do simulador da casa do piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, mostrou que seu registro de dados foi cancelado em 3 de fevereiro, mais de um mês antes de o avião, com 239 pessoas a bordo, desaparecer em um voo de Kuala Lumpur para Pequim.

"Os especialistas estão examinando o que seriam os registros que foram eliminados", disse ele em entrevista à imprensa.

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Não foi encontrado nenhum destroço do voo MH370 da companhia Malaysia Airlines, que desapareceu das telas do controle de tráfego aéreo na costa leste da Malásia à 1h21, horário local, em 8 de março (14h21 de 7 de março, no horário de Brasília), menos de uma hora depois de decolar.

A Malásia entregou ao FBI os dados eletrônicos gerados por ambos os pilotos do voo MH370, incluindo os dados de um disco rígido ligado ao simulador de voo do capitão, e de meios eletrônicos utilizados pelo copiloto, Fariq Abdul Hamid, disse à Reuters uma autoridade policial dos EUA.

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A autoridade norte-americana afirmou que não poderia confirmar se alguns dados foram removidos do simulador e ressaltou que não há nenhuma garantia de que a análise do FBI produzirá novidades.

Os investigadores dos EUA estavam ficando cada vez mais frustrados nos últimos dias pelo fato de as autoridades malaias não terem lhes pedido mais ajuda.

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O FBI tem uma vasta experiência em investigar acidentes aéreos, incluindo os da TWA 800 e EgyptAir 990 na Costa Leste dos EUA na década de 1990 e o voo 103 da Pan Am que caiu sobre Lockerbie, na Escócia.

Em Kuala Lumpur, na sede de uma operação de busca que até agora resultou em poucas pistas, a revolta de um grupo de chineses por causa das informações esparsas sobre o destino de seus parentes provocou cenas caóticas nesta quarta-feira.

O ministro interino dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, ordenou uma investigação após seguranças retirarem a mãe aflita de um passageiro de uma sala de imprensa onde ela protestava contra a falta de transparência.

"Eles só ficam dizendo ‘esperem por informações, aguarde informações'. Nós não sabemos quanto tempo temos de esperar", gritou a mulher, antes de ser levada do local, em meio a um grande alvoroço da mídia.

Hussein disse lamentar a angústia dos parentes.

"A Malásia está fazendo tudo ao seu alcance para encontrar o MH370 e esperamos trazer algum grau de conclusão para aqueles cujos familiares estão desaparecidos", disse ele em um comunicado.

As perspectivas de que uma operação que envolve 26 países leve a resultados rápidos pareciam estar diminuindo, no entanto, ao mesmo tempo em que os participantes da busca confirmavam que estão focando na parte remota no sul do oceano Índico depois de não conseguir encontrar nenhum vestígio do jato mais ao norte.

"Essa área está sendo a nossa prioridade", afirmou Hussein na entrevista coletiva, confirmando informação divulgada anteriormente pela Reuters.

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