No
dia 1º de fevereiro deste ano, torcedores dos times egípcios Al Ahly e Al Marsy se enfrentaram durante uma partida de futebol na cidade de Port Said, no norte do Egito. A tragédia, que marcou para sempre o futebol do país, deixou 74
pessoas mortas
AP
Além
dos mais de 70 mortos, outras 188 pessoas ficaram feridas e 47 foram detidas, segundo
informou o governo egípcio na época
AP
O
tumulto foi transmitido pela TV estatal do Egito, que mostrou as cenas em que os
torcedores invadem o campo após o final da partida entre Al Masry e Al Ahly —
este último, adversário do Corinthians nesta quarta-feira (12) pelo Mundial de Clubes, é o time mais popular do país
AP
Segundo as investigações iniciais, a confusão toda começou
já no final do jogo, quando milhares de torcedores do Al Masry invadiram o
gramado para comemorar a vitória por 3 a 1 sobre o poderoso rival
AP
Muitos deles
partiram para a agressão, atacando os jogadores e a torcida do Al Ahly, o que
acabou provocando uma briga generalizada dentro do estádio. O tumulto foi agravado pela crise política que o país vivia (e ainda vive até hoje). Após a tragédia, milhares de egípcios foram às ruas protestar contra a Junta Militar que comandava o país então
AP
Os militares, que governavam o Egito em janeiro, foram acusados de incompetência ao lidar com a tragédia. Os jogadores e a comissão técnica do Al Ahly chegaram a
sofrer agressões, mas não há confirmação de nenhuma morte na delegação da
equipe
AP
Diante do "maior desastre da história do futebol
egípcio", conforme disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, os jogos do
campeonato nacional foram suspensos até o mês de dezembro
AP
As
torcidas organizadas têm histórico de violência e são consideradas um problema
no Egito, país onde o futebol é muito popular. Diante do clima pesado, devido às
tensões políticas, os torcedores ficam ainda mais agitados