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Guiné intensifica esforços contra Ebola e confirma a 4ª morte

Governo diz que tem 'estruturas' para lidar com a epidemia e confirma que três das vítimas eram da mesma família

Internacional|Do R7, com AFP

Primeiro-ministro disse que a Guiné "tem estruturas para lidar com a epidemia"
Primeiro-ministro disse que a Guiné "tem estruturas para lidar com a epidemia" Primeiro-ministro disse que a Guiné "tem estruturas para lidar com a epidemia"

A agência de saúde da Guiné confirmou nesta segunda-feira (15) a morte do quarto paciente por conta da recém-declarada epidemia de Ebola no país. O governo e agências de ajuda anunciaram as primeiras medidas para tentar conter o novo surto da doença.

Leia também: Guiné anuncia oficialmente uma epidemia de Ebola

Essa é a primeira vez que o Ebola volta a ser uma ameaça na África Ocidental desde que uma epidemia matou mais de 11,3 mil pessoas na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa entre 2013 e 2016.

O vice-diretor-geral da agência de saúde guineense, Bouna Yattassaye, contou à agência AFP que a quarta vítima da doença morreu na manhã desta segunda-feira.

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Vítimas da mesma família

A primeira vítima confirmada foi uma enfermeira de 51 anos, que morreu no fim de janeiro. Dois dos irmãos dela, que compareceram ao velório em 1º de fevereiro, também morreram. Todos eram moradores de Nzerekore, no sul do país.

Segundo Yattasaye, a quarta pessoa que morreu nesta segunda foi uma mulher idosa. Ele não divulgou mais nenhum detalhe a respeito.

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O escritório da ONU na Guiné anunciou que o primeiro voo carregando especialistas e equipamento sanitário chegou a Nzerekore nesta segunda.

Por sua vez, o primeiro-ministro Ibrahima Kassory Fofana tentou tranquilizar a população, dizendo que o país "tem estruturas para lidar com esse tipo de epidemia". 

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"Não há motivo para pânico, vamos respeitar as instruções sanitárias. O Ebola será derrotado novamente", escreveu ele em sua conta no Twitter.

Vacinas a caminho

O Ebola causa febres altas e, nos piores casos, hemorragias. Ele é transmitido pelo contato próximo com fluidos corporais, como saliva, sangue e excreções, e as pessoas com maior risco de contágio são as que vivem com pacientes e as que os tratam.

O representante de uma ONG que atua no país disse à AFP, anonimamente, que estava preocupado porque a pessoa que infectou a enfermeira ainda não havia sido identificada.

Por outro lado, Alfred George Ki-Zerbo, representante da OMS no país, disse que as vacinas contra o Ebola podem chegar ao país, de 13 milhõres de habitantes, "nas próximas 72 horas".

"Nossa prioridade é completar a análise de risco no local e analisar qual a dimensão desse surto dos dois lados da fronteira", ele disse, se referindo à proximidade entre a cidade onde o vírus ressurgiu e a divisa com a Libéria.

Anja Wolz, a coordenadora de resposta ao Ebola do Médicos Sem Fronteiras disse que a ONG iria mandar uma equipe médica experiente para lidar com as pessoas e explicar a necessidade de seguir as regras sanitárias.

"Sabemos bem que quando uma doença assustadora como essa não é bem compreendida pela comunidade e de repente chegam pessoas dando instruções usando roupas que parecem trajes de astronauta, isso pode facilmente gerar uma resposta hostil", ressaltou ela.

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