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Médicos são impedidos de entrar em universidade feminina e saudita morre por falta de socorro 

Apesar de negar a omissão, a instituição está enfrentando protestos da família da vítima

Internacional|

Entrada da Universidade Rei Saud, em Riad
Entrada da Universidade Rei Saud, em Riad Entrada da Universidade Rei Saud, em Riad

A família de uma estudante saudita, que morreu por problemas cardíacos, afirmou que a universidade em que ela estava impediu médicos de chegarem até a jovem devido às regras que proíbem a presença de homens na parte destinada apenas a mulheres do campus, disse a mídia saudita.

A Universidade Rei Saud, em Riad, negou a acusação e afirmou que Amena Bawazir, que já tinha um histórico de doença cardíaca, recebeu rápido atendimento médico depois de sofrer um ataque no último domingo (2) que levou à parada do coração e dos pulmões.

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O caso reavivou memórias de um incidente em 2002, quando 15 meninas em Jeddah morreram em um incêndio depois que a polícia moralista saudita exigiu que elas voltassem ao prédio por não estarem vestindo véus.

O site do canal Al Arabiya citou declarações da irmã de Amena, Fahda Bawazir, segundo a qual os médicos chegaram ao portão do campus pouco depois de sua irmã passar mal, por volta das 11h (horário local).

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"Mas os médicos não foram autorizados a entrar no campus até as 13h", disse ela em reportagem publicada na noite da quinta-feira (6).

Ela firmou que as autoridades da universidade mantiveram os médicos do lado de fora, até que foi encontrada uma maneira de "não permitir que os médicos (homens) se misturassem com as mulheres".

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Um porta-voz da universidade negou que tenha havido qualquer atraso, afirmando que os médicos do campus atenderam a estudante e que chamaram os médicos de um hospital local quando não conseguiram reanimá-la, segundo o site de notícias sabq.org.

O site usou declarações do porta-voz, Ahmed al Tamimi, afirmando que os médicos chegaram ao local às 12h45, 10 minutos depois de serem chamados.

Sem conseguir reanimá-la, os médicos levaram a jovem ao hospital da universidade, onde foi declarada morta às 13h39.

A Arábia Saudita adere à vertente Wahhabi do Islã, que proíbe que homens e mulheres se misturem e restringe a movimentação delas, que muitas vezes precisam da permissão de um guardião masculino.

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