O responsável palestino para Assuntos das Colônias e do Muro, Ziad Abu Ein, cargo com categoria de ministro, morreu nesta quarta-feira (10) em uma ação armada das forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada, informou à Agência Efe um porta-voz da (Autoridade Nacional Palestina).
Segundo o porta-voz, Abu Ein morreu quando participava de um ato de plantação de oliveiras como protesto na localidade de Turmusaia, próxima a Ramala, em um incidente armado no qual colonos também tomaram parte. Fontes do exército disseram à Efe que o caso está sendo investigado.
O incidente ocorreu em uma área de terras confiscadas de famílias palestinas para a ampliação de um assentamento judaico. O local contava com grande presença de tropas israelenses.
Autoridade Nacional Palestina adia pedido de reconhecimento no Conselho de Segurança da ONU
De acordo com relato de testemunhas para a Efe, os soldados, apoiados pela Polícia de Fronteiras, dispersaram as cerca de 100 pessoas que protestavam e participavam do ato com gás lacrimogêneo e balas de aço recobertas por borracha.
O porta-voz da ANP acrescentou que Abu Ein inalou gases e, após sofrer problemas respiratórios, entrou em coma durante 30 minutos. O dirigente foi levado para um hospital em Ramala, onde acabou morrendo.
Uma fonte sanitária, presente no local, disse à Efe que, além de inalar gases, Abu Ein foi golpeado pelos soldados na cabeça e recebeu um forte impacto no peito, o que provocou dificuldades respiratórias e o coma.
Abu Ein tinha sido designado há um mês chefe do Comitê da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) para "as colônias e o Muro do Apartheid", com a categoria de ministro. Previamente, foi vice-ministro de presidência da ANP.
Governo israelense aprova projeto de lei que definirá Israel como Estado judeu
Netanyahu critica passos europeus sobre reconhecimento da Palestina