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Morte de Alberto Nisman pode ter envolvimento do serviço secreto iraniano, diz jornal

Promotor argentino foi encontrado morto um dia antes de testemunhar no congresso

Internacional|Do R7

Corpo de Alberto Nisman foi encontrado dentro do banheiro de seu apartamento em Buenos Aires
Corpo de Alberto Nisman foi encontrado dentro do banheiro de seu apartamento em Buenos Aires Corpo de Alberto Nisman foi encontrado dentro do banheiro de seu apartamento em Buenos Aires

A morte do promotor Alberto Nisman neste domingo (18), cujo corpo foi encontrado no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires, gerou diversos questionamentos entre investigadores e a população argentina.

O colunista do jornal Clarín Gustavo Sierra escreveu um artigo no qual pergunta: “O Serviço de Inteligência Iraniano induziu Nisman a cometer suicídio? Ameaçaram talvez matar a sua filha que mora na Europa? Os iranianos conseguiram superar as barreiras de segurança da torre em Puerto Madero com algum agente que tentou fazer com  que a cena parecesse com um suicídio?".

O jornalista defende também a improbabilidade de que o crime se esclareça em muito tempo ou até fique sem solução como a investigação toda que durou 30 anos.

Para ele, o sistema de inteligência iraniano sempre esteve muito bem preparado para exterminar seus inimigos. Desde Bethesda, um bairro em Washington até Genebra, onde cadáveres de opositores começaram a aparecer e muitos deles também “se suicidaram”. Houve uma boa limpeza interna. Foi assim o fim de grandes intelectuais, que sem prévio aviso decidiram tirar a própria vida.

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No entanto a presidente Cristina Kichner se manifestou sobre o caso no final da noite por meio de uma longa carta no Facebook e afirmou que Nisman fazia parte de uma estratégia para afetar o governo. “No caso do 'suicídio' do agente Nisman há muitas perguntas e tensões, é uma historia muito longa, muito dura e muito pesada, mas, sobretudo, muito suspeita”, afirmou a mandatária.

No mesmo texto Kirchner deixou em aberto alguns questionamentos ao povo argentino e afirmou que o Poder Judicial precisa investigar melhor “como é possível que um funcionário entregue uma arma a Nisman de 22 calibres que logo lhe provocaria a morte? Para sua defesa? Defesa para quê? Se ele morava no Le Parc com sistemas inteligentes de segurança, códigos de acesso ao prédio, câmaras e constante custódia da prefeitura assim como dos dez agentes da Polícia que o cuidavam” interrogou.

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As autoridades continuam as investigações por trás do suicídio de Alberto Nisman com a suspeita de que este possa ter sido induzido.

A morte do agente Nisman não é a primeira entre os recentes escândalos judiciais da Argentina. A venda ilegal de armas no Equador e Croácia deixou também um suspeito “suicida”, o capitão Jorge Estrada, um dos traficantes involucrados no caso pelo qual foi condenado Carlos Menem assim como a morte “acidental” de Lourdes Di Natale, ex-secretária de Emir Yoma e uma testemunha importante.

No caso do IBM-Nación durante o governo de Menem, Macelo Cattáneo apareceu misteriosamente enforcado, irmão de um dos funcionários. Estes casos levaram o Ministério de Justiça a reforçar a proteção às testemunhas, mas a história repetiu-se mais uma vez.

Nisman havia acusado a presidente Cristina Kirchner, e o chanceler, Hector Timerman, de acobertarem possíveis pistas sobre os suspeitos do atentado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), ocorrido em 1994.

Ele morreu um dia antes de dar testemunho e apresentar as provas no congresso argentino.

A autópsia do corpo indica que não houve envolvidos na morte do agente. Nem uma carta, nem uma ligação, só um celular do lado e uma arma calibre 22 que teria pedido emprestada a um funcionário.

As autoridades acreditam em suicídio e as investigações confirmam a teoria. Na noite da quarta-feira (14), Nisman teria conversado com um colega “Não estou doido, estou convencido do valor das provas da minha denuncia” afirmou em resposta a uma brincadeira que o colega tinha feito sobre a decisão de acusar a presidente Cristina Kichner.

Assim como também demostrou na sua aparição no programa Todas NotíciasNisman não parecia estar emocionalmente alterado como geralmente manifestam muitos suicidas antes de provocar a morte.

Este ainda teria aceitado a oferta de guardar os 330 CDs com escutas dos dirigentes iranianos em caixas de segurança nos tribunais e fora do seu escritório na Unidade Amia, visto que na história judicial argentina muitas provas se “perdiam” ou eram destruídas por incêndios ou inundações.

No entanto o agente estava sem nenhum dos seguranças que o acompanhavam desde o ano 2007, este teria solicitado para que eles se retirassem no sábado e só aparecessem no domingo por volta do meio dia.

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