Rebeldes sírios controlam posto de fronteira nas colinas de Golã, na divisa com Israel
Ocupação ocorreu um dia após o Exército sírio retomar o controle da estratégica cidade de Qusair
Internacional|Do R7
Os rebeldes sírios tomaram o controle de um posto na fronteira na colina de Golã, na linha de cessar-fogo entre Israel e Síria, informou a rádio militar israelense.
"O Exército israelense confirma que a passagem de Quneitra caiu nas mãos dos rebeldes", informou a rádio.
Procurado pela AFP, um porta-voz do Exército se recusou a comentar a notícia.
Segundo a emissora, combates foram registrados em Quneitra, próxima da passagem de mesmo nome, no centro da colina estratégica e até então controlada pelo Exército sírio.
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Fontes das forças de segurança israelenses confirmaram tiroteios, mas não informaram se os rebeldes tomaram o controle da passagem.
A tomada do posto fronteiriço acontece um dia após o Exército da Síria retomar o controle da cidade de Qusair, importante ponto estratégico na Síria (localizada perto do Líbano e da cidade síria de Homs), que até então estava sob controle dos revoltosos.
O Exército israelense aconselhou aos agricultores que não se aproximem da região e informou que alguns soldados sírios foram levados para um hospital do norte de Israel.
Nos últimos três meses, pelo menos 16 feridos de guerra na Síria cruzaram a fronteira e receberam atendimento médico em um hospital de Safed.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou "violentos combates entre as forças oficiais e os rebeldes em Quneitra".
"Os rebeldes atacaram postos e veículos do Exército e tomaram o controle da passagem na fronteira com a parte ocupada do Golã sírio", afirmou Rami Abdel Rahman, presidente do OSDH.
Israel, oficialmente em estado de guerra com a Síria, ocupa desde 1967 quase 1.200 km² na colina de Golã, a qual anexou. A comunidade internacional nunca reconheceu a anexação.
Assad enfrenta desde março de 2011 uma revolta popular que se converteu em conflito armado e que tenta derrocá-lo do poder. Segundo as Nações Unidas, mais de 80 mil pessoas já morreram no conflito e mais de 1 milhão abandonaram suas casas por conta da guerra.
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