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Secretário de Inteligência é acusado de organizar festa após morte de Nisman

A presidente chegou a sugerir que a morte do promotor fazia parte de uma conspiração

Internacional|Do R7

O secretário de Inteligência da Argentina, Óscar Parrilli, foi denunciado nesta terça-feira (17) pela suposta realização de uma festa com despesas superiores a US$ 220 mil (R$ 622 mil) na sede do órgão no dia 24 de janeiro, seis dias depois da morte do promotor Alberto Nisman.

As denúncias foram feitas pelo dirigente peronista Juan Ricardo Moussa, que classificou a atitude como "macabra".

Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu próprio apartamento no dia 18 de janeiro, em circunstâncias ainda não esclarecidas pelas autoridades.

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Quatro dias antes, o promotor tinha acusado a presidente Cristina Kirchner de estar envolvida no encobrimento da participação de iranianos em um atentado contra um centro judeu de Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos.


A própria presidente chegou a sugerir que a morte de Nisman fazia parte de uma conspiração de agentes dos serviços secretos, antes de colocar Parrilli à frente do órgão, um de seus colaboradores mais próximos. Pouco depois, ela anunciou a dissolução da Secretaria de Inteligência e sua substituição por uma Agência Federal.

"Os poucos que sabem o que é feito neste edifício não entendiam o que era festejado. Festejavam a morte de Nisman? Deve ser avaliada se há uma situação de apologia do terrorismo", defende Moussa no processo apresentado hoje. Para o dirigente, as novas acusações deveriam ser investigadas em conjunto com o caso da morte do promotor, que ele considera como um "homicídio".


"O órgão estar na mira pela responsabilidade da morte do promotor Alberto Nisman não motiva uma festa, é um delito", acrescenta o texto da denúncia. De acordo com o dirigente peronista, as ações de Parrilli constituem um crime de descumprimento dos deveres dos funcionários públicos.

A morte de Nisman completa um mês amanhã, mas os investigadores ainda não conseguiram encontrar provas conclusivas para determinar se ele foi assassinado ou cometeu suicídio. 

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