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Separados há cinco anos, palestinos Fatah e Hamas se unem por apoio a Gaza

Grupos políticos palestinos cortaram relações após guerra civil de 2007

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Manifestante palestino protesta contra soldados israelenses em Ramallah, na Cisjordânia, por causa da ofensiva na Faixa de Gaza
Manifestante palestino protesta contra soldados israelenses em Ramallah, na Cisjordânia, por causa da ofensiva na Faixa de Gaza Manifestante palestino protesta contra soldados israelenses em Ramallah, na Cisjordânia, por causa da ofensiva na Faixa de Gaza

Os grupos rivais palestinos Fatah e Hamas afirmaram nesta segunda-feira (19) que decidiram terminar com anos de disputas em uma demonstração de solidariedade pela crise na Faixa de Gaza.

"A partir daqui, anunciamos com outros líderes (de facções) que estamos acabando com a divisão", afirmou o oficial Jibil Rajoub, do Fatah, a uma multidão de cerca de mil pessoas que se reuniram para um protesto em Ramallah, a capital política da Cisjordânia.

Fatah e Hamas romperam todas as relações em 2007, quando os grupos realizaram uma breve guerra civil na Faixa de Gaza. O conflito foi vencido pelo Hamas, que ampliou seu controle na estreita faixa de terra ao longo do Mediterrâneo.

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Desde então, o Hamas governa a área, enquanto o Fatah mantém seu domínio sobre a Cisjordânia, a outra parte dos territórios palestinos.

Dentre os presentes na reunião de hoje, estavam integrantes do alto escalão do Hamas na Cisjordânia, assim como funcionários da liderança de sua rival menor Jihad Islâmica, informou um correspondente da AFP.

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A praça Manana de Ramallah se tornou um mar de bandeiras palestinas, enquanto a multidão gritava "Unidade!" e "Atinjam, atinjam Tel Aviv", em um apelo aos militantes do Hamas que dispararam ao menos cinco foguetes contra a cidade costeira desde quinta-feira.

"Quem fala sobre divisão depois de hoje é um criminoso", disse o líder do Hamas, Mahmud al-Ramahi, à multidão.

O Fatah e o Hamas, as duas principais facções nacionais palestinas, travaram uma intensa disputa por anos.

Mas o atual derramamento de sangue na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, onde Israel realizava nesta segunda-feira um sexto dia de ofensiva aérea que já matou até agora 90 palestinos, parece ter levado a uma reconsideração das rivalidades tradicionais.

Reunião de emergência

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu uma reunião de emergência da Liga Árabe para discutir os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, informou a Liga no domingo.

A ANP é governada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, do movimento secular Fatah.

Abbas, cujo governo fica na Cisjordândia, tem sido acusado por alguns palestinos de não ter reagido energicamente aos ataques aéreos de Israel contra Gaza.

A Liga Árabe estava discutindo com seus membros a solicitação palestina, de acordo com a agência de notícias estatal do Egito.

O chefe da Liga Árabe e um grupo de chanceleres árabes vão visitar a Faixa de Gaza na terça-feira, numa demonstração de solidariedade aos palestinos.

Durante um encontro de emergência no sábado, o chanceler palestino, Riad Malki, pediu à Liga Árabe a realização de um encontro de emergência e solicitou apoio financeiro aos Estados árabes.

Israel declarou os objetivos de acabar com o arsenal dos militantes de Gaza e de forçar o Hamas a parar de lançar foguetes contra cidades da fronteira do sul israelense. Os militantes palestinos durante anos miraram essas cidades, e agora ampliaram o alcance para locais mais distantes, como Tel Aviv e Jerusalém.

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