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Uruguai acusa governo brasileiro de tentar comprar seu voto para isolar Venezuela no Mercosul

Chanceler uruguaio afirmou que país usa argumentos "eminentemente políticos" para evitar que a presidência do bloco passe para a Venezuela

Internacional|Do R7

José Serra chegou no Uruguai no dia 5 de julho para se encontrar com o presidente do país, Tabaré Vázquez
José Serra chegou no Uruguai no dia 5 de julho para se encontrar com o presidente do país, Tabaré Vázquez

O ministro do Exterior uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, acusou o governo brasileiro de querer "comprar o voto do Uruguai", alegando que a transferência da presidência temporária do Mercosul para a Venezuela foi suspensa em troca de futuros acordos comerciais com o país latino. A notícia foi manchete do jornal uruguaio El País nesta terça-feira (16).

"Nós não gostamos muito que o chanceler (José) Serra chegou ao Uruguai para nos dizer que a transferência deve ser suspensa e que, se for suspensa, (o Brasil) iria continuar as negociações com outros países, como se quisesse comprar o voto do Uruguai", disse o chanceler na Comissão de Deputados de Assuntos Internacionais na quarta-feira passada (10), de acordo com registros obtidos pelo jornal El País.

Acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra, chegou no Uruguai no dia 5 de julho para se encontrar com o presidente do país, Tabaré Vázquez, e o chanceler uruguaio.

Durante uma coletiva de imprensa, Serra revelou que o Brasil faria "uma grande ofensiva" comercial na África Sub-saariana e no Irã, e que o país queria tomar o Uruguai — e não todo o Mercosul — como "parceiro".


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Notícia foi manchete do jornal uruguaio El País nesta terça-feira (16)
Notícia foi manchete do jornal uruguaio El País nesta terça-feira (16)

Ele ainda pediu ao governo do Uruguai para suspender a transferência da presidência do Mercosul para a Venezuela.


A atitude de Serra teria deixado o presidente Vazquez "muito transtornado". Já o chanceler do país deixou claro que o Uruguai entende que "a Venezuela é o ocupante legítimo da presidência e, portanto, quando convocar uma reunião, o governo uruguaio vai participar".

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O chanceler afirmou ainda que "parceiros do Mercosul" — em rerência ao Brasil e ao Paraguai — utilizam argumentos "eminentemente políticos" para evitar que a presidência do bloco passe para a Venezuela.

— Eu digo com todas as letras: a jurisdição (...) que contém o organismo regulador está sendo ignorada. Eles querem evitar, corroer a presidência da Venezuela. Esta é a verdade.

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