Após roubo de armas, Centrais de Escolta terão câmeras de segurança
Equipamentos devem ser instalados em até três meses, segundo a Seds
Minas Gerais|Do R7
Depois que 45 armas foram roubadas da Central de Escola do Sistema Penitenciário em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, anunciou medidas de segurança para as unidades. A ação, que terminou com o roubo de 39 pistolas calibre .40 e seis submetralhadoras, ainda é um mistério para a polícia.
As duas centrais – além da de Ribeirão das Neves, há uma em Juiz de Fora, na Zona da Mata – receberão câmeras de monitoramento. Os equipamentos também serão instalados em todas as 144 unidades prisionais em que haja guarda de armas.
Sindicato denuncia que roubo de armas em cadeia foi ordem de detento
De acordo com a Seds (Secretária de Estado de Defesa Social), os locais ainda receberão outros equipamentos de proteção que, por questões de segurança, não serão divulgados. Os procedimentos de segurança também estão sendo revistos. Todos os 15 novos presídios e penitenciárias que estão em fase de licitação, e foram anunciadas pelo governo de Minas nos últimos dias, contarão com as novas regras.
A diretoria de Logística da Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional) está responsável pela compra dos equipamentos. A previsão é que a instalação das primeiras câmeras ocorra em até três meses. A prioridade de instalação será dada às unidades de grande porte.
Seguindo uma denúncia anônima, a Polícia Militar vasculhou o Cemitério da Saudade nesta quarta-feira (26). Uma ligação informou que as armas teriam sido escondidas no local, mas nada foi encontrado.
O roubo
De acordo com a assessoria da Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), foram roubadas 39 pistolas de calibre 40 e seis submetralhadoras. Existe ainda a suspeita de que munição para pistola calibre 12 e de fuzil 556 tenha sido roubada.
Os nove agentes penitenciários que vigiavam o forte armamento podem ter sido dopados com a comida fornecida na prisão pela empresa Stillus, que fornece a alimentação para a unidade. A suspeita é que limonadas e saladas de frutas tivessem algum tipo de tranquilizante. Outra suspeita levantada pelo Gate é que algum funcionário tenha levado o alimento contaminado de casa e oferecido aos colegas.